Dell: inovação depende de se livrar de amarras
Executivos participaram de plenária no IT Forum Itaqui, maior evento de tecnologia do Brasil
Cloud computing e cibersegurança foram os dois grandes temas da palestra da Dell Technologies no IT Forum Itaqui, terceiro momento de 2022 do IT Forum, que acontece nessa quinta (4). Bruno Assaf, diretor nacional de vendas no setor público no Brasil da empresa, abriu a plenária frisando a importância das pessoas para a inovação.
“O que essas pessoas querem? O que os nossos times querem? Eles querem um bom ambiente de trabalho, um bom líder e que se importe com eles. Eles querem sim tecnologia, e que funcione e trabalhe bem a partir de qualquer lugar. Tecnologia que permita ele se conecte aos seus pares. As pessoas querem inovar e querem se livrar dessas amarras apara inovar”, frisou.
Esse pilar tão forte esbarra, porém, em um grande problema no Brasil. Hoje, temos aproximadamente 800 mil vagas em tecnologia não preenchidas no Brasil. Esse número era previsto para 2025 e já acontece hoje. “E não é só a quantidade de profissionais, os desafios que a gente encontra é muito difícil encontrar bons profissionais. Hoje, muitos dos profissionais querem trabalhar em um ambiente desafiador. Então, não adianta dar uma tarefa repetitiva. Tem que colocar o máximo de tecnologia e produtividade para que ele se sinta motivado”, comentou Antonio Celso Leitão, diretor de serviços da Dell Technologies.
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Uma das maneiras de motivar os profissionais, disse o executivo, é tirar as tarefas “chatas” das mãos do funcionário, como fazer suporte ou backup. Com tecnologia, as atribuições do dia a dia saem do escopo do colaborador. Por isso, o foco atual da Dell é trabalhar com o APEX.
“APEX se alinha ao pensar em como a tecnologia pode chegar e impulsionar o negócio de cada empresa. Mais do que ter serviços na nuvem, é trazer todo o portfólio da Dell como serviços. Ele pode ser em uma nuvem da Dell ou dentro da empresa, pago por uso, pago de forma flexível, com todas as características esperadas de nuvem, mas com a agilidade combinada com mais simplicidade e facilidade”, explicou Bruno.
De acordo com o diretor de vendas, as conversas com os clientes demonstram que aspectos que deveriam ser simples se tornaram complexo. Ele exemplificou dizendo que apesar de ser fácil contratar capacidade na nuvem, o entendimento da conta do serviço se tornou difícil. “Embora a adoção seja forte, encontramos algumas barreiras e vemos que a oportunidade é muito grande”.
Além disso, o cenário multicloud traz um desafio em torno da segurança. “Quando falamos de APEX, todo o portfólio de cibersegurança também pode ser consumido as a service. Um exemplo é o Cyber recovery, que funciona como um cofre”, revelou Dante Machado, diretor de vendas enterprise da Dell Technologies. O produto copia os dados para um local no data center ou na nuvem, realiza check-ups para ter certeza de que todas as informações estão íntegras e o desconecta de qualquer rede para ter certeza de que, ao acessar os dados, eles estarão seguros.
“Cibersegurança é um tema quase binário. Até você enfrentar uma situação de caos, você tende a acreditar que está trabalhando bem e tem um time forte. Mas, nos últimos dois anos, o que não faltam são notícias de grandes empresas que foram atacadas”, frisou Dante.
“Nós lidamos com clientes do setor privado e público. As empresas tinham antivírus, firewall, desaster recovery, nuvem pública. Todas essas são coisas que fazíamos até hoje e que não adiantam de nada para se proteger de ransomware e que trazem a percepção de segurança”, disse Bruno.
Segundo ele, essa falsa sensação de segurança não é por mal e cerca de 90% das empresas estão nesse mesmo patamar. “Agora a gente tem que olhar e falar ‘eu estava confiante para me proteger até ontem, para esse novo momento de ransomware, preciso complementar a minha estratégia’”, finalizou.