Crime on-line ultrapassa a fronteira da TI e chega ao consumidor
Os crimes cibernéticos, tão em voga nos dias de hoje, são tratados há mais de uma década por Domingo Montanaro, cofundador e CEO da Ventura ERM, empresa que trata desse tipo de delito e de sua prevenção.
“Os crimes cibernéticos inclusive foram pauta, inclusive de um dos debates presidenciais entre Donald Trump e Hillary Clinton no ano passado”, relatou. Para ele, isso só mostra como esse crime preocupa tanto o mercado quando o cidadão comum. “Nós estamos falando de uma era em pessoas que não tem nada a ver com o setor de TI se preocupando com esses tipos de crimes, tendo de comprar antivírus, seguros etc.”
Montanaro afirmou que uma empresa pode falir por conta de um ataque cibernético, e deu o exemplo da CardSystems Solutions nos Estados Unidos: a empresa perdeu 40 milhões de números de cartões de crédito em 2005 e, com a falha, foi descredenciada por algumas bandeiras e fechou as portas.
Sob ataque
Quando um ataque do tipo acontece, lembra o CEO, alguém acaba sendo penalizado na empresa. “O tempo médio dos CSO em empresas é de 18 meses, esse é o cara que é demitido quando há um ataque”, lembrou.
Segundo Montanaro, a curva de quanto se perde com esse tipo de delito só vem aumentando nos últimos anos, o que impacta, fortemente, os negócios, gerando perda financeira, interrupção nas operações, dano à imagem, perda de competitividade. Ele contou que, hoje, os executivos trabalham, inclusive, para quantificar essas perdas. “Após quantificar seu risco, o executivo consegue decidir como mitigá-lo, saber qual tipo de seguro contra incidentes cibernéticos deve fazer etc.”