Next Generation Identification
A revista Veja desta semana, edição 2042, cita o termo Next Generation Identification, nome da nova tecnologia que o FBI, polícia federal americana, está investindo US$ 1 bilhão, cujo banco de dados está em um abrigo subterrâneo na cidade de Clarcksburg, a 400 quilômetros de Washington. Essa nova tecnologia contará com as informações já utilizadas hoje (impressões digitais, imagem do rosto e palma da mão) e mais informações sobre a íris, o formato do lóbulo, o tom de voz e padrão de passos a caminhar. Câmeras poderão ser instaladas em centros com grande circulação de pessoas e medirão vários indivíduos ao mesmo tempo e identificarão aqueles que apresentam perigo. A autenticação de pessoas ou recursos é uma das ações mais difíceis no processo de segurança. Em relação a pessoas, cada vez mais a tecnologia tem possibilitado e facilitado que a validação se a pessoa é realmente aquela pessoa (autenticação) seja feita. Acredito que todos somos à favor de uma maior qualidade nesta autenticação. Essa questão fica delicada quando consideramos a questão da privacidade das pessoas. A nossa privacidade! No caso desse projeto americano o que se promete é que as informações de pessoas que não tenham registro de delitos seriam apagadas. Já existem grupos que defendem a privacidade duvidando que isso será feito e suspeitando de que o governo manteria a informação de todas as pessoas. Outra questão é a permanência das informações de pessoas que cometeram delito, pagaram na justiça, porém serão consideradas possíveis reincidentes. Este é um assunto que envolve questões legais, de ética, de liberdade e de privacidade. E evidentemente de segurança, pois teremos sempre a questão: até onde a segurança da todos pode comprometer a privacidade de cada um. Como cidadão precisamos estar atentos a esses assuntos e exigir que nossos legisladores cuidem adequadamente dessa questão. Edison Fontes, CISM, CISA. Gerente Sênior CPM Braxis, Associado InfoSec Council, ABSEG e ISACA. [email protected]