Movimentos da modernização financeira

Blockchain e tokenização de ativos digitais são os pilares da revolução financeira

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8:47 am - 10 de outubro de 2023
blockchain setor financeiro, ativos digitais Imagem: Shutterstock

Com o avanço das tecnologias de comunicação e a expansão do acesso a internet de banda larga, era natural que os sistemas evoluíssem e até mesmo surgissem novas opções e características no mercado. E, de fato, isso aconteceu: hoje, o blockchain e a tokenização de ativos digitais são os maiores exemplos dessa evolução, que impactam na revolução financeira do mercado.

Começando pelo blockchain. Em resumo, é uma tecnologia que funciona como uma base mundial de registros, guardando as informações de todas as transações que já aconteceram no mundo usando esse método. A base de dados é distribuída em diferentes lugares, tendo essa característica de descentralização como medida de segurança.

Funciona como um livro de registros, com dados armazenados de forma pública, criando consenso e confiança na comunicação entre os dois lados da negociação, sendo assim, sem intermediação ou interferência de terceiros.

Bitcoin: a revolução das criptomoedas descentralizadas

O blockchain serviu de combustível para o desenvolvimento e ampliação de outra tecnologia recente em ascensão: o bitcoin. Lançada em 2009, a primeira moeda digital descentralizada, também chamada de criptomoeda, começou sua mineração sem grandes alardes na época. Sendo a base para as criptomoedas, a blockchain recebe cada vez mais interesse de bancos, empresas e governos. Desde então, modificações são implementadas a partir da versão original do código.

Outro complemento a tecnologia do blockchain são os tokens, mais precisamente os tokens não-fungíveis, os famosos NFTs. O NFT é um registro no banco de dados do blockchain que garante que um determinado ativo (imagem, música, documento, comprovante), é original e o único do mundo, não existe outro igual. Ao adquirir um NFT, a pessoa basicamente compra um código de computador que contém o registro do objeto

O pico e a persistência dos NFTs no mercado

O NFT viveu seu auge em meados de 2021, onde aconteciam valorizações astronômicas em curtos intervalos de tempo. Atualmente, vive uma maré baixa de transações, mas ainda movimenta um relativo valor financeiro. 

O blockchain e as criptomoedas crescem o seu valor de mercado a cada dia. Para se ter noção, somente o bitcoin possui valor em trânsito acima de US$900 bilhões. O Brasil também surfa com gosto nessa onda: em 2020, o brasileiro movimentou um valor superior a R$127 bilhões em criptomoedas, segundo informações da Receita Federal.

Moedas digitais estatais: um desafio ao domínio do bitcoin

Recentemente, o Banco Central do Reino Unido se uniu a uma lista que inclui 80% dos bancos centrais ao redor do mundo que estão estudando a possibilidade de implementar uma moeda digital estatal nos próximos cinco anos, visando competir com a predominância do Bitcoin nesse mercado. O Brasil também está avançando nesse cenário, o Real Digital, também conhecido como Drex, nada mais é do que uma representação digital do real, a moeda oficial do Brasil — ou seja, um real 100% disponível em uma plataforma digital.

Todos os setores econômicos, privados ou públicos, se movimentam há anos para estarem aptos a acompanhar a expansão dos criptoativos. Não é mais uma questão de escolha, tornou-se uma questão de sobrevivência, uma forma de manter-se um player relevante no mercado. 

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