Equilíbrio entre vida pessoal e profissional na carreira de TI

Transformações no mercado de trabalho despertaram alerta sobre a relação entre o desempenho profissional e o bem-estar

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10:00 am - 21 de maio de 2024
Imagem: Shutterstock

*Por Mario Maffei

As inúmeras transformações no mercado de trabalho oriundas do pós-pandemia, sobretudo no setor de tecnologia, despertaram um alerta sobre a relação entre o desempenho profissional e o bem-estar dos colaboradores.

Uma recente pesquisa conduzida pela Michael Page revelou que oito em cada dez profissionais brasileiros consideram o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho um fator essencial na cultura das empresas.

Temas como flexibilidade e saúde mental entraram de vez na agenda dos líderes de RH, desafiando as empresas a pensarem sobre como promover um ambiente de trabalho saudável, onde o alto desempenho coexista com a satisfação dos funcionários.

Atualmente, no mercado de TI, o principal ponto em discussão quanto à cultura organizacional tem sido o modelo de trabalho adotado. Antes de definirem pelo híbrido, remoto ou presencial, é importante que as empresas analisem as vantagens e desvantagens de cada modelo, a fim de garantir eficiência nas entregas e engajamento de talentos.

A orientação do trabalho por metas é outro aspecto importante a ser refletido. Faz-se necessária a definição clara de quais são as atividades do colaborador e quais os caminhos que ele pode trilhar para alcançar tais objetivos.

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Pensando no equilíbrio entre as rotinas corporativa e pessoal, a flexibilidade desponta como uma característica relevante para administrar as demandas do dia a dia. A autonomia para escolher diferentes horários e modelos de trabalho pode auxiliar o profissional em uma melhor organização de suas tarefas.

Nesse contexto, vemos surgir um novo perfil de liderança em TI, mais humanizada, buscando uma conexão direta com as pessoas de sua equipe e contribuindo diretamente para aumentar a retenção desses colaboradores.

Não é incomum encontrarmos profissionais que optaram pela movimentação de carreira ao se depararem com gestores experientes e com amplo domínio técnico, mas sem habilidades de comunicação e empatia, por exemplo.

Os candidatos passaram a priorizar a relação de prós e contras da posição, equipe e empresa em detrimento às questões de remuneração e modelo de trabalho no momento de tomada de decisão sobre uma movimentação.

Nos processos de recrutamento atuais, vemos que os desejos dos candidatos de tecnologia têm sido entender o compromisso com o projeto proposto no longo prazo, de que forma ele será inserido nesse cenário e como a visibilidade dessa entrega pode alavancar sua carreira no futuro, de maneira alinhada ao seu bem-estar pessoal.

O principal desafio das organizações e dos profissionais é estabelecerem, em conjunto, estratégias assertivas para equiparar a satisfação profissional e pessoal de forma clara e objetiva, alcançando os resultados esperados e incentivando a qualidade de vida.

*Mario Maffei é gerente da divisão de Tecnologia da Michael Page.

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