Democratização do crédito segue na agenda econômica do país

Continuidade de políticas que promovam o acesso a recursos financeiros é fundamental para o bem-estar social dos brasileiros

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por ABCD
11:44 am - 18 de janeiro de 2023
Crédito: Pexels/Monstera

Por Claudia Amira, diretora-executiva da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital)

Como em qualquer início de governo, os primeiros movimentos da nova equipe à frente do país não permitem uma análise profunda das propostas, mas servem de indicativo importante para as direções que se pretende seguir. E, para quem atua no segmento de crédito, a mensagem inicial, ao menos por enquanto, vale salientar, tem sido positiva. 

Isso porque desde as primeiras declarações dos responsáveis pela agenda do ministério da Fazenda, o crédito e a relevância de sua democratização têm aparecido como questão fundamental para a continuidade do crescimento e a manutenção do aquecimento da economia, o que vai ao encontro da bandeira defendida pelo setor de crédito digital. 

Até o momento, temos observado discussões e movimentos, ainda iniciais, voltados para a ampliação da renegociação de dívidas para pessoas físicas e pequenos empreendedores e também para o aumento da oferta de crédito para os trabalhadores, por exemplo.

Essas questões, se tratadas com a devida atenção e seriedade, são primordiais para atenuar e superar o entrave histórico de dificuldade de acesso, que exige linhas de crédito capazes de compreender a realidade dos mais diversos perfis de tomadores, sejam eles consumidores ou pessoas jurídicas. 

Esse ponto, inclusive, é uma das características que impulsionaram as fintechs de crédito no Brasil. Hoje oferecendo uma série de soluções e produtos que vão muito além da concessão de crédito, as startups financeiras lançaram um novo olhar à população ávida por ser vista e entendida de forma diferente, com acesso a opções de crédito em condições adequadas a seu risco. 

Ainda é cedo para qualquer prognóstico sobre como o crédito vai se comportar em 2023, no país, mas o certo é que o tema tende a se manter no radar. De um lado, porque há um contingente de quase 70 milhões de inadimplentes, segundo levantamento de novembro da Serasa, que representa um problema em busca de solução. De outro, porque na esteira do Open Finance está chegando uma nova onda de inovação, com modelos de análises de risco ainda mais sofisticados e a promessa de promover mais uma revolução no mercado.

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