Como disseminar a cultura de doações e crescer organizações filantrópicas

Você sabia que é possível medir a maturidade da consciência coletiva de uma sociedade pela cultura de doação que existe em um país?

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10:37 pm - 28 de janeiro de 2020
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Atualmente pode-se medir a maturidade da consciência coletiva de uma sociedade pela cultura de doação que existe em um país. Em um ranking que elenca os países mais solidários do mundo, o Brasil ocupa a 75ª posição, entre as 139 nações que fazem parte dele. Pensando nesse dado, acredito que apesar de contribuir com a sociedade, no Brasil a cultura de doação ainda não completamente disseminada entre a população. Mas a grande questão aqui é: como mudar esse cenário fazendo com que essa cultura seja incentivada e mantida pelo brasileiro?

Em alguns anos de experiência nesse mercado, pude entender alguns pontos importantes que refletem esse cenário. Primeiro ponto: as pessoas preferem doar para as causas que elas conhecem e se identificam. Segundo ponto: em alguns momentos o doador até se identifica com uma organização, mas na hora de fazer a doação, não se sente seguro o suficiente para doar ou ainda não consegue fazer a doação por falta de recursos da própria organização (ele precisa ser feita uma ligação, ou fazer um depósito ou ainda ir até ao local para entregar a doação).

Identificado esses problemas, como incentivar e estimular a cultura de doação diante de tantas barreiras Primeiramente é muito importante fazer com que as pessoas entendam o impacto do trabalho dessas organizações na sociedade e que de fato se identifiquem com ele. Além disso, um outro passo importante é deixar claro como a doação está sendo implementada. É muito claro que não só no nosso país, mas no mundo todo, existe uma forte desconfiança quando se trata a questão de “dar dinheiro”.

Segundo ponto que acredito que precise de atenção é sobre como tratamos em geral o assunto doação. Não temos o costume de fazer com que as pessoas pensem nisso, ou procurem saber mais. Muitos doadores preferem muitas vezes não mencionar até para não parecer uma autopromoção. Porém, pensando que nos encontramos na era da influência, porque não influenciar o próximo a fazer o mesmo?

Acredito que grande parte dessa disseminação da cultura de doação dependa de nós mesmos. Fazer com que ela se fortaleça, cresça e se desenvolva e garanta a sustentabilidade das organizações sociais. Apostar e criar mais confiabilidade, doando cada vez mais recursos e ajudando a aumentar a confiança dos brasileiros e tornando assim o Brasil um país melhor para todos.

*Por Ruy Fortini, CEO da Doare

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