5 provas de que todos os modelos de negócio têm sucesso pela internet

Especialista em tráfego e audiência pela internet mostra que a presença de um negócio na internet é questão de sobrevivência, e não de diferencial.

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10:49 am - 28 de setembro de 2019
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Há uma frase do Bill Gates que diz: “Em alguns anos vão existir dois tipos de empresas: as que fazem negócio pela internet e as que estão fora dos negócios.” Foi a partir desse pensamento que decidi mostrar que a internet não é apenas uma vaidade ou um diferencial no mundo do empreendedorismo.

O Hootsuite, plataforma de gerenciamento de redes sociais, e a agência We Are Social fazem pesquisas anuais sobre o uso da internet e das redes sociais pelo mundo. A pesquisa deste ano mostrou que, das 7,6 bilhões de pessoas no mundo, 4,3 bilhões são usuários da internet. É surpreendente: mais da metade da população mundial está no mundo online.

É muito provável que empresários de segmentos ativos apenas no “mundo real” não vejam a exposição virtual como uma estratégia muito efetiva, e ainda continuem apostando nas mídias off-line e nas indicações do “boca a boca”. No entanto, os cinco pontos a seguir provam que é tudo uma questão de abordagem e conteúdo. Infelizmente, muitas empresas ainda não entenderam isso e deixam os dias passarem sem desenvolver uma estratégia para atuar neste mundo em que o online se torna cada vez mais importante.

A atenção de todos os públicos mudou

Se compararmos o modo como vivemos hoje às nossas rotinas de dez anos atrás, perceberemos rapidamente mudanças em todas as frentes: o modo como nos relacionamos com amigos e parentes mudou; o modo como trabalhamos mudou; o modo como consumimos mudou; o modo como fazemos negócios mudou.

Tudo isso é consequência da forma como a informação é veiculada hoje. A democratização do acesso às tecnologias dos dispositivos móveis (como os smartphones) faz com que os comportamentos, os anseios e as necessidades das pessoas sejam, hoje, totalmente diferentes do que eram há alguns anos.

O poder nas mãos do consumidor

David Ogilvy, um dos maiores publicitários do mundo, dizia: “Se você falar com uma pessoa da mesma maneira como faz uma propaganda, vai levar um soco na cara”. Ou seja, está cada vez mais difícil ficar interrompendo o tempo das pessoas com propagandas – o YouTube é um exemplo disso. Quantas vezes você espera a propaganda de 1 minuto terminar, ao invés de “pular o anúncio” nos primeiros 5 segundos?

“Obrigar” o consumidor a ver sua propaganda não é efetivo. Ele precisa estar na posição de escolher o que assiste/ouve/lê. O melhor jeito de fazer isso é oferecendo conteúdo de interesse ao público. O que o seu cliente ideal consome na internet? Quais são os interesses dele? Uma vez que você define questões como essas, a sua produção de conteúdo vai atrair e reter a atenção dos compradores certos.

Case de sucesso

Luis Navarro e  Eduardo Miranda são ótimos exemplos. Em 2012, depois de quebrarem duas empresas no off-line, eles resolveram arriscar um terceiro negócio: uma empresa de cursos on-line focada em segurança com eletricidade, a Engehall Elétrica. Com as estratégias certas de entender o que a audiência quer ouvir (qual o conteúdo esperado), como quer ouvir (em qual mídia quer recebê-lo) e quando quer ouvir (qual o contexto), em pouco mais de dois anos, o canal do YouTube deles saltou de 2.500 inscritos para mais de um milhão, tornando-se o maior canal de elétrica da América Latina.

O caso da Blockbuster

No ano 2000, a Blockbuster vivia o auge do seu sucesso. O empreendedor Reed Hastings propôs ao CEO, John Antioco, uma empresa de aluguel de filmes on-line. John não aceitou com a justificativa de que o valor cobrado, 50 milhões de dólares, não geraria o retorno necessário e que o nicho de atuação era “muito pequeno”. John chegou a escrever na carta para os acionistas que a preocupação sobre a internet era “exagerada”. Essa empresa de aluguel de filmes era a Netflix, que, no ano passado, ultrapassou o valor de mercado de 100 bilhões de dólares. Já a Blockbuster, 13 anos depois da proposta, declarou falência.

A questão aqui, dada as devidas proporções, é a mesma de vários empreendedores brasileiros: não perceber que o público dele vai estar, sim, na internet. E, além disso, como foi citado no segundo ponto, o poder de escolha deve estar nas mãos do consumidor. A ideia da Netflix para a Blockbuster era apenas uma transição natural do mundo off para o mundo on-line, já prevendo que esse fluxo aconteceria em todos os setores do mercado.

O cliente como embaixador da sua marca

Lembra-se do marketing “boca a boca” que foi citado no começo? Ele está presente nas estratégias online, mas com algumas adaptações. O seu cliente vai continuar sendo sua melhor propaganda, mas isso acontece se ele consumir seu conteúdo antes da compra do seu serviço ou produto, e esse conteúdo estará nas redes sociais da sua empresa, da sua marca. É de lá que novos clientes tirarão suas próprias conclusões e decidirão comprar de você e indicar para os outros.

No entanto, existem fatores fundamentais que precisam ser observados para atingir sua audiência: o momento certo de expor seu público-alvo à venda, a preparação correta e o porquê do seu produto ser o melhor investimento para o seu público naquele momento. Ao trabalhar tais estratégias, o seu destaque entre a concorrência é mais garantido e as chances de atrair e reter a atenção do seu público aumentam.

Afinal, se mais da metade da população mundial está na internet, como é que pode você e sua empresa ainda não estarem!?

*Por Samuel Pereira, publicitário, empresário, especialista em tráfego e audiência na internet e criador do Segredos da Audiência Ao Vivo, o maior evento de tráfego e audiência do mundo, que em sua última edição reuniu quase 3 mil pessoas. Concentra o seu trabalho em ajudar empreendedores a criar negócios online sustentáveis a longo prazo, por meio de estratégias de tráfego e audiência que não dependam das constantes mudanças de regras das redes sociais, atraindo um público extremamente qualificado e capaz de gerar resultados. É ainda autor do livro “Atenção: o maior ativo do mundo – o caminho mais efetivo para ser conhecido, gerar valor para seu público e ganhar dinheiro” e co-autor de “Negócios Digitais”.

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