Storage: entenda o que é e qual a sua importância

Equipamento fundamental para quem deseja armazenamento, disponibilidade e alto desempenho

Author Photo
5:30 pm - 01 de maio de 2019

Para especialistas técnicos que administram a rede é importante conhecer detalhadamente as soluções, suas terminologias e conceitos envolvidos, mas para um executivo de TI, uma base teórica é suficiente para o bom entendimento da aplicabilidade correta diante da necessidade e demanda.

Em uma abordagem rápida, ‘storage’ é simplesmente um equipamento, dispositivo ou plataforma de armazenamento e processamento. Algumas siglas o definem e quatro delas são as mais comuns: DAS, NAS, SAN e FAS. As três primeiras são comuns em ambientes corporativos com estrutura interna podendo ir de um simples disco rígido até uma plataforma complexa de armazenamento com muitos petabytes e várias máquinas virtuais alocadas.

Mas não pense que a palavra “simplesmente” o define como algo não importante. Pelo contrário, o ‘storage’ em ambientes corporativos é o coração da empresa e a sua importância é alta. O uso profissional desse equipamento, de forma adequada, pode proporcionar ambientes simples como a implementação de um servidor de arquivos, armazenamento de backup, uma área para compartilhar dados, ou ambientes complexos e específicos como uma plataforma para processar informações críticas, com alta redundância, disponibilidade e desempenho.

É evidente que há um crescimento massivo de dados e informações, juntamente em uma era em que informações são privilégios para gerar oportunidades. Nesta linha de raciocínio, os ‘storages’ são ótimos meios para disponibilizar, organizar e manter o armazenamento seguro dentro de uma organização. Para o usuário final a implementação será diferenciada pela forma de conexão com o computador, servidor ou ambiente de data center da empresa.

DAS – Direct Attached Storage

Um dispositivo externo, considerado como uma unidade de armazenamento conectada diretamente a computadores, notebooks e estações de trabalho. Ppós instalado, torna-se uma área expansiva de armazenamento, simples como um pendrive, ou um HD externo. Além destes periféricos que são conectados via porta USB, também a grandes componentes voltados para conexão direta em data centers, normalmente voltadas para armazenamento de dados ou aumento de performance em aplicações que utilizam muito o acesso a discos.

NAS – Network Attached Storage

Uma plataforma pouco complexa, conectada diretamente a rede local, a qual funciona como um ambiente centralizador de armazenagem de dados de forma organizada. É possível criar compartilhamentos e gerenciar os dados armazenados. Seu funcionamento é parecido como o de um servidor de arquivos, utiliza serviços de segurança como acesso protegido por login e senha e registros de atividades de usuários. O gerenciamento é eficaz, versátil e simplificado.

SAN – Storage Area Network

Amplamente utilizado na infraestrutura de TI dentro de empresas e data centers, é o modelo mais comum adotado para armazenamento dedicado. Permite a interligação a vários servidores consolidando o ambiente em uma plataforma de produção de dados. O uso adequado resulta em uma série de benefícios, como melhora no desempenho, elevação do nível gerenciamento das informações, velocidade e segurança no acesso, além de oferecer maior disponibilidade e resiliência. Podemos dizer que um SAN é uma arquitetura completa que agrupa elementos onde empresas consolidadas, com visão de crescimento definido e uma área de TI ativa frente aos negócios, se utiliza da implementação deste ambiente para facilitar e simplificar as operações de tecnologia, e garantir o armazenamento seguro das informações em uso diário aos diversos departamentos.

FAS – Flash All Storage

Como o próprio nome sugere, é o armazenamento em memória flash e SSD. A performance é alta uma vez que são equipamentos estruturados para trabalhar diretamente com discos SSD ao contrário de HDD convencionais com partes mecânicas. O uso é adequado em ambientes que exigem muitos acessos simultâneos, como por exemplo em aplicações de banco de dados e alocações de máquinas virtuais.

Componentes

Em resumo, o hardware de um equipamento que vale o esforço financeiro para aquisição, contém ‘storage processors’, comumente chamado de controladoras, as quais gerenciam as configurações do equipamento, o acesso aos discos e a conectividade. É comum a controladora ser redundante, ou seja, tem mais de uma, que entram em operação em caso de falhas. Também há ‘drivers enclosures’, chamados de gavetas, os quais recebem os discos. Os modelos mais recentes são modulares o que permite adicionar mais discos posteriormente e expandir assim o espaço de armazenamento, além de aceitar diversas conexões de servidores diferentes.

Virtualização é o caminho

Na área de tecnologia, a virtualização é obviamente a criação ou implementação de um ambiente virtual de alguma coisa, seja ela um sistema operacional, um servidor, um dispositivo, ambiente ou recurso de rede. O objetivo é ganhar produtividade e economizar com recursos de hardware, além de melhorar e facilitar a gestão do ambiente. Duas situações são importantes, uma relacionada a virtualização de servidores e outra de ‘storages’.

A virtualização de servidores tem sua vantagem na utilização de vários sistemas operacionais simultâneos em único hardware, possibilitando utilizar recursos compartilhados como memória, processador, rede e espaço em disco. Há uma agilidade maior na gestão de ambientes virtualizados se comparado com o tradicional modelo de alocação em servidores físicos separadamente. Mover um ambiente virtual de um hardware para outro é rápido e descomplicado.

Na virtualização de ‘storages’, um ganho importante está na possibilidade de unir múltiplos equipamentos em único nó e assim gerenciá-los para aumentar a performance ou espaço de armazenamento, além de maior resiliência contra problemas. É uma tendência que está relacionada a escalabilidade de aplicações, em resumo, num ambiente bem configurado há respostas mais rápidas às necessidades do negócio.

O que realmente importa?

A facilidade no gerenciamento e a possibilidade de automatização de alguns processos é apenas a consequência de um ambiente tecnológico maduro e estável. Qual a empresa que não quer diminuir os custos, ter uma plataforma tecnológica flexível e empregar melhor os recursos de tecnologia? São situações plausíveis em qualquer ramo de atividade.

A diferença básica entre ambientes que empregam o uso de ‘storages’ e os que não empregam está atrelada logicamente a necessidade disso fazer sentido para a infraestrutura. Mas no final das contas, com certeza o que importa é a continuidade do negócio, a agilidade nas demandas e mudanças, e a tolerância a falhas, permitindo que as atividades continuem operando mesmo após um problema no ambiente de tecnologia.

O avanço tecnológico nas complexas plataformas de ‘storages’, sua empregabilidade adequada atrelada a uma prestação eficiente de serviços de TI, pode ser a chave para o suporte às necessidades organizacionais, em demandas planejadas e até mesmo em críticas e emergenciais.

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.