Quando a arte encontra a tecnologia – HP e Escola Panamericana de Artes

4:30 pm - 03 de março de 2015

Como é bom ser surpreendido!! Quando a HP fez o convite para que conhecêssemos o
“The Wall” na Escola Panamericana de Artes, confesso que não sabia muito o que
esperar. Sabia que o tema era “impressão em grandes formatos”. Já tive a oportunidade
de ver no passado algumas soluções da empresa nessa área. Mas como isso se
encaixa com um ambiente ligado a produção artística, uma escola de artes??

Minha visão pode não ser completa, pois só vi o resultado final, mas o que vi
me impressionou bastante. Uma das turmas, 3º ano do curso de artes plásticas teve
como objetivo produzir telas (100 telas), feitas usando técnicas diferentes, linguagens
visuais distintas (cada aluno escolheu o que preferia): aquarela, vídeo, arte digital,
acrílico, foto, colagem, etc. Depois os alunos foram desafiados a compor um
imenso painel com todos estes “blocos”. Assim foram agrupados por linha de
grafismo, semelhança temática ou de cores e acabaram por tomar 2 lados de um
imenso painel com 72 metros quadrados. Mas como viabilizar este tipo de
projeto?

figura 01 – “The Wall” – visto por outro ângulo (clique para ampliar)

Para unificar isso tudo cada pequeno bloco, cada obra individual foi
digitalizada (imaginem scanear e processar todos estes trabalhos) e o
agrupamento foi feito no recurso digital. Em seguida os artistas responsáveis
pela consolidação dos trabalhos criaram um grafismo desenhado por sobre o
conjunto de blocos, linhas guia, que nessa hora já formavam um grande painel
virtual (só existente dentro dos computadores da escola).

A última etapa deste processo criativo se deu por meio da impressão de cada
bloco do painel. Para isso foi usada uma impressora HP Latex, um dispositivo
bastante sofisticado. Para quem não conhece, imagine uma impressora caseira que
tem 25 cm de largura (largura de uma folha A4 aproximadamente). Agora imagine
uma impressora com uma saída de 5 metros (ou mais) e que tem a capacidade de
imprimir em um grande número de materiais!! No caso do projeto “The Wall” foram
usados cerca de 150 metros quadrados (para os dois lados) de “canvas”, ou seja,
tecido usado em tela de pintura fornecido por um fabricante de tecidos. O
resultado é uma obra que reúne propostas e estilos diversos, gerando uma nova
identidade, coletiva e única!

figura 02 – impressora HP Látex 3000 (clique para ampliar)

A impressora HP Látex 3000, bem como modelos de menor
tamanho (a 3000 é o supra sumo desse mercado) são usadas para impressão de
grandes cartazes, banners, artefatos de comunicação visual em larga escala e
até mesmo outdoors. Usa tecnologia de impressão sustentável, sem solvente (sem
cheiro) e sem poluentes, capaz de imprimir até 180 m²/h. Segundo a
HP um conhecido canal de TV que produz no Brasil muitos programas e dramaturgia
(seu nome não pode ser explicitado), é o único cliente no Brasil que não é “Bureau
de Impressão” que possui uma dessas impressora. Este canal a utiliza para
confecção de ambientes cenográficos com grande vantagem em relação a custos e
produtividade quando comparado com outros processos.

Mas voltando para o “The Wall” os responsáveis da escola pelo projeto, os
artistas e HP fizeram uma apresentação que contou desde a ideia original à
execução dessa obra. Muito se falou, mas o que resume bem o espírito das
pessoas perante o resultado foi o que uma das artistas respondeu quando
perguntei:

Esta tecnologia de impressão é fundamentalmente um recurso criado
para o mundo corporativo. Faixas, banners e outdoors, etc. Quais foram as
dificuldades encontradas para usar um recurso eminentemente corporativo em uma
peça de arte como essa e quais as adaptações que precisaram fazer para
conseguir chegar neste resultado em uma tela gigante de pintura que foi cortada
em 100 blocos para compor o painel?

No começo tudo era muito novo para nós.
Estávamos engatinhando no uso desta tecnologia. Mas percebemos que o processo
era interativo, que poderíamos produzir algo baseado em múltiplas técnicas,
compor novas camadas sobre o trabalho e fazer assim tantas vezes quantas quiséssemos.
Por isso não tivemos limitações. Adoramos!! E se essa tecnologia foi feita para
o mundo corporativo, não importa, nós vamos invadir essa praia!!

Para mim isso ilustra um lindo caso de utilização de tecnologia de forma
incrivelmente criativa e totalmente fora do convencional. Mesmo para a HP ter
abraçado este projeto mostra sua abertura para fazer a tecnologia ser
compreendida como algo fora de si mesma. Tecnologia pela tecnologia não acrescenta
muita coisa. Mas torna-se revelador quando pode colaborar para que um processo
criativo intenso seja viabilizado, levando para pessoas que possivelmente
jamais chegariam perto dela, ao contrário, fazendo-as tomar parte em um intenso
processo criativo!