A diversidade que nos fortalece

O papel da inclusão e diversidade na retomada positiva

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3:03 pm - 20 de maio de 2020

Não é preciso descrever o estado em que nos encontramos. O volume de informação é avassalador e todos reconhecem que passamos por um momento sem precedentes. A Covid-19 é sem dúvida a pior crise sanitária, econômica e social dos últimos 100 anos. Mas, como eu disse, não é preciso descrever o estado em que nos encontramos.

Na esfera econômica, social, profissional e pessoal – o isolamento é um remédio amargo para todos, mas necessário como nunca. A partir disso, supomos como certa a flexibilização de tudo o que antes era tido como importante e necessária. A necessidade de mudança é latente e o mercado, que já sente a alguns anos a urgência da revisão de ‘verdades imutáveis’, pede das empresas uma posição. 

Mas, o que segue incontestavelmente importante, apesar desse contexto cinematográfico em que vivemos?

A resposta é simples: as pessoas. 

Uma empresa, como um corpo humano, pode ser desconstruída até suas mínimas estruturas. Antes de fazer parte de um todo, cada ser humano presente na sua empresa é uma peça chave e fundamental para o funcionamento do sistema. Em momentos difíceis como o que vivemos, o reconhecimento deve perpassar a barreira do posicionamento e se fazer ação. Hoje, mais do que nunca, é preciso que as empresas tomem uma posição a favor da vida e da sociedade – das quais elas, incessantemente, se valem.

Reconhecer essa dependência é o primeiro passo para tomar as decisões mais acertadas e proteger o que realmente importa.

São em momento de crise, que tópicos como inclusão e diversidade são deixados de lado, categorizados como gastos não-essenciais. Essa mentalidade de ‘esforço mal empregado’ é deslocada da realidade – há anos consultorias sérias como a McKinsey relatam que há uma correlação clara entre diversidade étnica e de gênero e lucratividade nas empresas. Mas se já era um diferencial em tempos de prosperidade, por que esperar que isso mude agora?

Por que são ações como essas que vão garantir as condições de trabalho e performance e que vão fazer com que as empresas passem por esse momento mais fortes. É um fato: todos teremos que passar por isso. O que vai diferenciar as marcas e empresas neste momento é o seu caminho – e se elas saíram maiores ou menores dele, em todos os sentidos.

De acordo com relatório da Forbes Insights, empresas mais diversas e que mantém políticas inclusivas são mais inovadoras, mais competitivas em relação ao mercado, tratando-se de um componente chave de crescimento. São ações como essa, que desenvolvem times coesos, acolhedores e colaborativos e são esses times que fazem com que a empresa passe por momentos de crise.

O reconhecimento da importância de todos os stakeholders da cadeia e as ações acopladas a esse reconhecimento serão a linha divisória entre as grandes marcas do futuro – grandes em sua reputação e alcance, maiores ainda em sua visão de mundo. 

É importante que uma coisa se faça clara: voltaremos para um normal bastante diferente do que tínhamos antes. E estabelecer essa linha de verdade é uma das bases para que a retomada econômica seja bem sucedida.

Não podemos esperar que a tecnologia apenas mude as coisas – ela pautará nossos relacionamentos futuros, inclusive (e quase que especialmente) os de trabalho. Nesse novo contexto, o próprio sistema será repensado. Como as empresas responderem hoje, vai ditar sua reputação nos próximos anos, pois é em momentos de crise que estabelecemos os vínculos mais fortes – o que certamente pode ser aplicado às marcas.

Este artigo foi originalmente postado no portal www.followon.com, uma iniciativa da Liga Ventures e do Liga Insights

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