Como detectar vídeos falsos e preservar a privacidade na internet?
Especialista do IEEE destaca importância da educação e medidas de segurança para combater vídeos manipulados digitalmente
A possibilidade de gerar e editar vídeos falsos usando inteligência artificial, além de outros conteúdos de procedência duvidosa, tem preocupado pessoas (físicas e jurídicas). Para Gabriel Gomes de Oliveira, especialista do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), parte do problema pode ser resolvido com educação do público sobre as ameaças representadas pelas deepfakes e as melhores práticas para proteger a privacidade.
Para ajudar a identificar vídeos gerados por IA, Oliveira recomenda a utilização de ferramentas avançadas de detecção também baseadas em IA que analisam características sutis nos vídeos. Além disso, sugere prestar atenção em alguns detalhes.
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Por exemplo, pequenas inconsistências que não estariam presentes em vídeos genuínos, ou variações não naturais na iluminação de um quadro para o outro. Movimentos bruscos, que parecem mecânicos ou fora do ritmo natural, também são sinal de que há algo estranho. O especialista também recomenda prestar atenção em mudanças abruptas no tom de pele, frequência excessiva de piscadas e falta sincronia labial.
Além de identificar simulações digitais, diz ele, proteger a privacidade também é crucial. Tecnologias de IA coletam vasta quantidade de dados sensoriais, o que pode representar riscos significativos à privacidade. O membro do IEEE sugere medidas educativas, incluindo exercícios simulados, protocolos de relatório, aprendizado contínuo e atualizações, e a construção de uma cultura de segurança.
Vídeos falsos: realidade virtual e aumentada
Para proteger a privacidade em tecnologias de realidade aumentada (RA) e virtual (RV), Oliveira sugere revisar sistemas e a infraestrutura tecnológica para identificar e corrigir vulnerabilidades. Também recomenda contratar serviços específicos de proteção, investimento em treinamentos para os colaboradores, monitoramento e análise de dados internos para detectar ameaças ou violações.
“É fundamental equilibrar defesas técnicas com a conscientização sobre segurança cibernética para criar uma estratégia robusta”, enfatiza. Ele também sugere incentivar a colaboração entre equipes de TI e outros departamentos para garantir que as medidas de segurança e programas de treinamento estejam alinhadas com as necessidades organizacionais.
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