Ameaças de e-mail crescem 16% e colocam Brasil em 2º no ranking mundial
Relatório da Trend Micro, empresa de segurança cibernética, mostra ainda que o país está em 3º entre os cinco com mais malwares PoS detectados
O relatório mensal “Smart Protection Network”, da Trend Micro, empresa de segurança cibernética, referente a outubro, aponta que o Brasil continua como o segundo colocado no Top 5 dos países com o maior número de ameaças de e-mail bloqueadas pela empresa.
A quantidade de ameaças cresceu 16% em relação a setembro, sendo mais de 316 milhões de e-mails bloqueados. O país líder em ameaças é o Estados Unidos, com mais de 1 bilhão de ameaças bloqueadas.
De acordo com o levantamento, esse aumento não ocorreu apenas no Brasil, o número de ameaças de e-mail bloqueadas cresceu 11% em relação ao total do último relatório. Foram mais de 4,5 bilhões ameaças no período da pesquisa.
Franzvitor Fiorim, diretor técnico da Trend Micro no Brasil, diz que o e-mail é a principal opção dos hackers para ataques de ransomware e direcionados, não causando surpresa que as ameaças aumentem cada vez mais.
“Os cibercriminosos buscam cada vez mais inovar em seus golpes, mas, ainda assim, não abandonaram as antigas práticas de ataque, por isso, é necessário que as empresas mantenham atenção redobrada”, explica.
Aumento dos malwares PoS detectados
Quanto a malwares, o Brasil aparece como o terceiro colocado no Top 5 dos países com o maior número de malwares PoS detectados. Esse malware afeta os dispositivos point-of-sale (PoS), que são máquinas que permitem que localizações de varejo aceitem pagamentos com cartão, conseguindo roubar informações de clientes sobre transações financeiras, incluindo informações de cartão de crédito.
No relatório de setembro, o Brasil nem aparecia na classificação, em agosto estava na quinta colocação, enquanto, no mês de outubro, foram três casos de malwares bloqueados, o que colocou o Brasil em posição de destaque na lista.
“É muito importante que as empresas se atentem as ameaças de malware PoS, pois as consequências de tais incidentes não são pequenas. Podem variar de uma perda de confiança e reputação do cliente a reclamações judiciais. A preocupação deve ser maior ainda em períodos mais movimentados de vendas”, conclui Fiorim.