99 usa IA para reduzir casos de assédio contra passageiras

Índice caiu 13% em um ano. Maiores reduções aconteceram no Tocantins (76%), Piauí (37%) e Rio (30%)

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1:15 pm - 30 de setembro de 2021
mulher asiática, uber, táxi Imagem: Shutterstock

O aplicativo de mobilidade 99 verificou uma redução de 13% em ocorrências de assédio na plataforma, por milhão de corridas, de julho do ano passado a julho deste ano. A queda é reflexo da implementação de inteligências artificiais desenvolvidas pela empresa. As tecnologias identificam usuárias em situações de risco para prevenir casos, além de facilitar a denúncia e o bloqueio de agressores.

De acordo com a companhia, as maiores quedas nas ocorrências foram observadas em Tocantins (76%) e Piauí (37%). No sudeste, as reduções foram de 30% no Rio de Janeiro, 16% em Minas Gerais 16% e 13% em São Paulo.

Tatiana Scatena, diretora de segurança da 99, explica que as mulheres representam 60% dos usuários da plataforma. “Com nossas ferramentas exclusivas, prevenimos casos, damos suporte às vítimas e identificamos agressores”.

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Para garantir a segurança das passageiras, a 99 conta com três inteligências artificiais. Antes das viagens, IAs chamadas de Pítia e Atena atuam na identificação de usuárias em situações de maior risco, como regiões de bares e casas noturnas, após determinados horários, com corridas mais longas e chamadas feitas por terceiros.

A Pítia direciona a chamada das usuárias em situação potencialmente de risco apenas para motoristas com melhor qualidade de atendimento ou motoristas mulheres. Em paralelo, a Atena envia mensagens de conscientização, incluindo textos sobre a importância de manter o profissionalismo e o respeito, para motoristas antes do embarque dessas passageiras.

Ao final da corrida, a inteligência artificial Ártemis, desenvolvida em pareceria com a consultoria feminista Think Eva, rastreia automaticamente e identifica palavras e contextos que podem estar relacionadas a assédio, deixadas nos comentários, ao fim das corridas, banindo agressores e direcionando atendimento humanizado às vítimas. Por meio da ferramenta são identificadas e banidas, em média, 730 pessoas por semana que cometeram algum tipo de assédio.

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