Uber segue com demissões: Mais 3.000 funcionários serão dispensados
Cerca de duas semanas após anunciar a demissão de 3.700 funcionários, o CEO da Uber Dara Khosrowshahi informou por meio de memorando aos funcionários uma nova leva massiva de demissões. Segundo informações do Wall Street Journal, nesta segunda-feira (18), a Uber está demitindo outros 3.000 funcionários. A companhia também está fechando 45 escritórios.
“Eu sabia que tinha que tomar uma decisão difícil, não porque somos uma empresa pública, ou para proteger ou cotar ações, ou para agradar nosso conselho ou investidores”, escreveu Khosrowshahi no comunicado interno de acordo com o WSJ. “Tive que tomar essa decisão porque nosso próprio futuro como um serviço essencial para as cidades do mundo – estar lá para milhões de pessoas e empresas que dependem de nós – exige isso. Devemos nos estabelecer como uma empresa autossustentável que não depende mais de novos capitais ou investidores para continuar crescendo, expandindo e inovando”.
Segundo informações do TechCrunch, a demissão dos 3.700 funcionários anunciada recentemente compensaria em uma redução de US$ 1 bilhão de custos para a Uber. Desde a pandemia da COVID-19, a companhia demitiu cerca de 25% de sua força de trabalho.
O setor de corridas por aplicativo caiu drasticamente em meio ao isolamento social provocado pelo novo coronavírus. De acordo com a Uber, as corridas caíram cerca de 80%. Na contramão, o negócio de entrega de alimentos vem crescendo. No primeiro trimestre, o Uber Eats teve grande crescimento, com reservas brutas de US$ 4,68 bilhões, 52% a mais que no mesmo trimestre do ano anterior.
Para alavancar o setor de delivery, a Uber segue em negociação com a compra do GrubHub, serviço de entrega de alimentos. O WSJ reporta que Uber e Grubhhub entraram em negociação pela primeira vez no início deste ano, mas não chegaram a um acordo.