Teamwork em um projeto de BI
Espírito de equipe é novamente um fator indispensável para o sucesso
Ouvimos muito o conceito de teamwork atualmente – ou seja, trabalho em equipe. Pensando nisso, compartilho minha visão sobre como este mesmo trabalho em equipe, quando inserido no contexto de projetos de BI, tem muito a ganhar na entrega de resultados para os clientes.
Para iniciar essa análise sobre a ideia de teamwork em projetos de BI, podemos falar, logo de princípio, do primeiro dia de contato presencial com um possível cliente.
Já neste primeiro momento, usualmente, podemos ter demonstrações claras de que pessoas de diferentes áreas estão pensando de modo colaborativo. A primeira reunião, por exemplo, continua ocorrendo com alguém de TI como balizador, mas, noto de modo cada vez mais incisivo, a presença de uma gama de especialistas de áreas de negócio distintas, ocupando as mais diversas posições hierárquicas e sentados em uma mesma mesa.
Neste momento, vejo que muitas das empresas do mercado contemporâneo, apesar de demandarem soluções tecnológicas, já apresentam sinais – desde o começo da negociação -, de que nenhuma proposta comercial será aprovada sem um espírito teamwork neste processo decisório.
Prova de conceito
Com a evolução da primeira conversa, partimos para uma POC – prova de conceito.
Será apenas uma POC única, ou seja: impossível abarcar todas as necessidades espalhadas nas diversas áreas de uma empresa e, neste momento, alguns terão de ceder. Aqui, noto ainda mais importância sendo dada para o trabalho em equipe.
E isso porque algumas áreas abrem mão de definirem como prioritárias suas “dores de negócio” a serem trabalhadas na POC, dando prioridade, de modo colaborativo, a outros setores que, na maioria das vezes, encontram-se com uma dor quase que “institucional” (e gritante), de modo que todos os colaboradores entendem esta necessidade e priorizam tratá-la nesta oportunidade junto a nós fornecedores, que, em tese, temos “a cura”.
Andamos mais um pouco, provamos valor, e agora? Mais teamwork! Chega a vez da área de compras que, normalmente tem uma fila de rotinas com inúmeras solicitações a serem analisadas e a necessidade de dar andamento aos processos de contratação dos serviços.
Negociado, aprovado, compra realizada
As áreas de negócio, por sua vez, também elegem seus “embaixadores em analytics”, formando um forte time para que então iniciem uma jornada de descobertas: Que dados usar? Quais regras de negócio aplicar? Quais layouts serão melhores aceitos? Quais KPIs farão a diferença?
Entram em cena, em seguida, os “desenvolvedores da área de TI” que se aproximam das equipes de negócio, quase que fundindo-se a elas e virando analistas de negócio, de modo a poderem entender as reais necessidades que estão por vir. Em outras palavras: puro teamwork neste levantamento de requisitos. O produto final será resultado da matéria prima gerada pela confiança entre as partes.
O projeto começou! Times trabalhando! Nesta fase, sem dúvida alguma, o espírito de equipe é a fronteira para a entrega de resultados e valor. Surgirão obstáculos no meio do caminho? Claro que sim. Um projeto com zero desvio está para nascer. Mas, neste momento, o espírito de equipe é novamente um fator indispensável para o sucesso. Nesta hora, em empresas colaborativas, vejo união, debate, renegociação de prazos, negociação de recursos, ajustes no percurso. E projeto que segue!
Projeto entregue!
Nesta fase final, eu gostaria de destacar que noto o teamwork falando ainda mais alto no espírito dos clientes com os quais tenho o privilégio de conviver, durante esse momento da entrega do projeto.
Tudo isso pois, quando um projeto é entregue, em 100% dos casos, posso afirmar, há resultados bastante tangíveis para os contratantes. A empresa, que antes não tinha clareza do valor dos seus dados, agora passa a ter insights fantásticos para uma melhor tomada de decisão. É quase mágica!
Tudo bem, mas onde está o espírito em equipe neste momento?
Para chegarmos a esta resposta, temos que pensar como um líder que busca atribuir as responsabilidades do projeto e se questiona: Quem foi o responsável por esta iniciativa? Quem desenvolveu dashboards tão eficientes? Quem reduziu o uso de planilhas e levou autonomia de análise para a empresa em tão pouco tempo?
Noto, em nossos clientes, que neste momento do reconhecimento, todos os envolvidos buscam brilhar juntos. Ninguém foi mais, nem menos importante. A soma do trabalho, o teamwork, fez toda a diferença. E se todos brilham juntos em um projeto, todos merecem reconhecimento!
E agora, acabou o teamwork?
Na verdade, está apenas começando, sobretudo porque uma solução de análise sempre vai fazer com que as pessoas interajam cada vez mais, compartilhando visões umas com as outras e descobrindo, em conjunto, os melhores caminhos que a empresa deverá seguir!
*Leonardo Farah é CEO na Toccato