Prontuário eletrônico e telemedicina são prioridades digitais da saúde brasileira
Pesquisa da Philips aponta que 84% dos líderes brasileiros do setor apostam nas duas tendências tecnológicas
Quando se trata de tecnologias digitais e transformação da saúde, 84% dos líderes das maiores organizações brasileiras do setor estão investindo em registros eletrônicos de saúde (ou prontuário eletrônico, o PEP), e 61% em telemedicina. É o que revela um estudo da Royal Philips, divisão da fabricante holandesa focada no setor de saúde.
O relatório – chamado Future Health Index (FHI) 2021 está na sexta edição e foi realizado em 14 países, incluindo o Brasil. O relatório apresenta a opinião dos líderes do setor de saúde — incluindo diretores executivos, financeiros, de tecnologia, operacionais, entre outros — em relação aos desafios que vêm enfrentando desde o início da pandemia e prioridades atuais e a longo prazo.
Patrícia Frossard, country manager na Philips do Brasil, diz que o relatório foi feito em um momento em que o setor busca entender como diversos agentes podem trabalhar em conjunto para transformar a saúde na região. ” As prioridades dos líderes de saúde brasileiros, hoje, incluem uma melhor preparação para responder à crise da Covid-19 e o aumento da eficiência das instituições de saúde para o futuro”, diz.
Outras tecnologias
Apesar de não considerado um investimento prioritário, 60% dos entrevistados gostariam que a Inteligência Artificial (IA) fosse implementada nas instituições de saúde em que trabalham com o objetivo de otimizar a operação e a integração de diagnósticos. Cerca de 30% dos jovens profissionais brasileiros acreditam que a IA é uma das tecnologias digitais em saúde que melhoraria o dia a dia de trabalho.
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Outra frente de avanço para a transformação digital é a cooperação entre os agentes do segmento. Entre os líderes brasileiros de saúde, 38% acreditam que, para que estejam preparados para o futuro, a sua instituição precisará investir em parcerias estratégicas.
Um dos desafios para os líderes de saúde é a falta de experiência das equipes com as novas soluções digitais. 57% dos entrevistados afirmam que esse é o fator que mais os impedem de se preparar para o futuro, enquanto 44% dizem que é necessário treinar ou educar a equipe para implementar uma saúde de qualidade e otimizada.
“Em 2020, nós já tínhamos identificado essa lacuna no setor de saúde. Inclusive, os jovens profissionais de saúde pontuaram a necessidade de incorporar esse tipo treinamento como uma das atividades acadêmicas para que se preparem e serem capazes de usar os dados digitais do paciente de forma mais eficaz”, diz Patricia.
O relatório pode ser baixado nesse link.