Em busca da melhor plataforma de dados para instituições financeiras

As empresas buscam plataformas que suportem integralmente a transformação digital e a combinação de cloud computing e mobilidade

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11:01 am - 12 de abril de 2019

Os dados movem o mundo no Século 21. Para muitas empresas tradicionais, a arquitetura da transformação digital não passa só por digitalizar negócios preexistentes e criar novos serviços inovadores. Ela exige também orquestrar as plataformas de dados preexistentes – o legado – para conviver com plataformas modernas que entregam análises em tempo real e insights instantâneos para os negócios.

No caso de bancos, seguradoras e outras instituições financeiras, o caminho para tornar-se empresas digitais orientadas a dados passa por endereçar três pontos fundamentais: volume de dados, onipresença e demandas do usuário. E isso tudo atravessado por camadas de segurança, confiabilidade das transações e disponibilidade dos dados.

Hoje, os dados estão em toda parte, e os clientes também, exigindo das instituições financeiras que entreguem a melhor experiência em qualquer canal de contato e interação. E as empresas de serviços financeiros precisam capturar tudo para compor a jornada do cliente, levando em conta que a mobilidade (apps e dispositivos móveis) gera grandes volumes de dados e em novos formatos (imagens, áudio e vídeo).

Combinados com novos modelos de negócios e aumento da digitalização dos serviços financeiros, os dados oferecem às empresas oportunidades de obter novos insights e ainda mais valor. É um ciclo virtuoso data driven, por assim dizer, com grandes compensações. Em última instância, os bancos precisam pensar e agir como uma fintech para prosperar neste século.

 

Duas vezes mais receita digital

O movimento compensa. Um artigo publicado pela Bloomberg sobre a jornada digital do maior banco do sudeste asiático, o DBS Bank, de Singapura, mostra que a receita gerada pelos clientes digitais do banco é o dobro da receita gerada pelos clientes dos canais tradicionais. E que um cliente digital vale três vezes mais que um cliente tradicional, pois o custo para oferecer a ele os serviços é menor que o custo do cliente tradicional.

O DBS Bank apoia-se em uma plataforma com mais de 150 APIs (a maior do mundo no setor) que atendem todo tipo de transação e coletam todo tipo de dados, com total foco na jornada do cliente. O CIO do DBS, David Gledhill, resume assim o projeto: “O DBS embarcou em uma jornada para transformar nossa infraestrutura tecnológica há nove anos. Somos agora uma empresa com o coração digital e estamos à frente de muitos outros. Temos a vantagem de operar com a agilidade de uma fintech e atuar como uma plataforma inclusiva. Isso é transformador tanto para o cliente quanto para o banco”.

 

Como chegar lá

As empresas de serviços financeiros precisam incorporar plataformas de informação modernas, capazes de processar simultaneamente cargas de trabalho transacionais e analíticas em larga escala.

Um estudo da Accenture, que ouviu mais de 700 executivos financeiros (CFOs) de bancos e seguradoras, mostra que 84% dos bancos estão investindo moderada ou significativamente em novas tecnologias de análise de dados e canais, e 61% afirmam que aumentarão seus investimentos no curto prazo.

Para a maioria, obter uma visão abrangente das experiências e do contexto do usuário requer a modernização dos sistemas legados e tecnologias diferentes, muitas das quais foram projetadas para funcionar com aplicações/funções armazenadas em departamentos independentes.

“A diferença entre plataformas modernas e legadas reside em suas capacidades”, explica Alexandre Tunes, Country Manager da InterSystems Brasil. “Os bancos de dados tradicionais demoram a fornecer o alto desempenho e as velocidades de acesso aos dados necessários. Esses bancos de dados inserem e atualizam registros em milissegundos, em vez de entregar os tempos de resposta em microssegundos”.

As plataformas de dados modernas suportam de forma integral a transformação digital trazida pela combinação de cloud e mobilidade e são compatíveis com a implantação on-premise e cloud, mitigando os riscos entre soluções corporativas e open-source. Elas suportam o processamento de transações e analytics em tempo real e permitem gerar aplicações modernas ricas em dados que operam com aplicações de sistemas legados.

Segundo Alexandre Tunes, organizações de serviços financeiros que utilizam plataformas de dados modernas, a exemplo da plataforma InterSystems IRIS, conseguem cobrir milhões de transações por dia, durante o processamento de milhares de análises de consultas por segundo, e centenas de aplicações, sem incidentes. “InterSystems IRIS Data Platform é uma plataforma de dados de processamento híbrida que tem o desempenho de um banco de dados em memória com a persistência e confiabilidade de um banco de dados operacional tradicional”, explica.

Para Joe Lichtenberg, que lidera a área de programas de marketing da InterSystems, “velhas indústrias podem aprender novos truques” com investimentos em tecnologia de transformação digital.  Lichtenberg, que tem experiência em estratégia de produtos e TI, cita o presidente e CEO do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), Francisco Gonzoles, que durante uma conferência de mercado alertou que a ruptura digital pode exterminar metade dos bancos que escolherem não modernizar.

“Grandes bancos, ancorados em sistemas legados de processamento de pagamentos e altos custos físicos são desafiados a adotar inovações de fintechs em suas organizações ou se arriscam a se tornar irrelevantes nos próximos 5 a 10 anos”, diz ele.