A Tecnologia no centro dos processos de fusão e aquisição

Um dos impactos da forte digitalização do mercado é o crescimento das Transações envolvendo empresas de tecnologia da informação, que deve seguir mais movimentado que outros setores.

2:57 pm - 13 de abril de 2022

O setor de Tecnologia da Informação (TI) se depara com uma nova onda de consolidação, que vem sendo marcada por um grande volume de operações relacionadas a fusões e aquisições de empresas. Boa parte desse movimento é reflexo da pandemia, que impulsionou a digitalização de empresas e novas culturas, como trabalho remoto, consumo online e logística de delivery.

“A rápida transformação dos modelos de negócios aumentou a necessidade dos investimentos em infraestrutura digital mais flexíveis e ágeis, segurança cibernética, adoção de ferramentas de colaboração entre outros, direcionando a estratégia de M&A das empresas para focar aquisições de negócios ligados à tecnologia”, explica Luis Bracourt, sócio da Crowe. O executivo cita as projeções do IDC para este ano, que mostram que a demanda por maior agilidade e flexibilidade na infraestrutura de TI continua em alta, com gastos em IaaS (Infraestrutura como serviço) estimados em US$ 1,9 bilhão, ou 36% mais que em 2021.

Também tem crescido a demanda pela expansão das capacidades de segurança cibernética, que deve acompanhar o crescimento dos negócios online. Não é por acaso que mais de 38% das empresas estudadas pelo IDC sofreram ataques cibernéticos mostrando uma tendência de manutenção deste cenário e fazendo com que os investimentos em serviços e soluções de segurança gerem US$ 1 bilhão em serviços e US$ 860 milhões em soluções no curto e médio prazo.

“O fato é que a velocidade da inovação está pressionando as empresas a se transformarem mais rapidamente, impulsionando todos os segmentos de Mercado para aquisições de empresas de tecnologia”, afirma. Além disso, Bracourt destaca que a grande disponibilidade de capital, decorrente de políticas monetárias expansionistas a nível global, tem propiciado as empresas acessarem capital mais facilmente e de forma mais barata. Não é por acaso que, nos últimos três anos, foram concluídas 14 operações, entre IPOs e Follow-ons, representando uma captação de R$ 6 bilhões entre 2020 e 2021.

Outro fator é o rápido crescimento do 5G, que deve aumentar a necessidade de processamento de grande quantidade de dados pelas empresas, especialmente diante da continuidade do crescimento do uso de canais digitais. Aqui, as projeções da IDC revelam investimentos de US$ 2,9 bilhões para soluções e serviços de Big Data e Analytics, crescendo mais de 11% e US$ 540 milhões em soluções de IA/ML crescendo mais de 28%.

“Por tudo isso, acreditamos que a tecnologia deve continuar liderando o volume de operações de fusões e aquisições, tanto no âmbito de compradores oriundos do próprio setor, como compradores de outras áreas, como Varejo, Logística, Saúde e Educação”, citando o exemplo do setor financeiro e da reinvenção dos bancos e seguradoras para o ambiente virtual.

Desafios

Ao mesmo tempo em que representa oportunidades para empreendedores e empresários, essa nova dimensão de fusões e aquisições no setor traz também uma série de desafios que precisam ser superados. O executivo destaca alguns deles, como a necessidade de a empresa manter o foco no negócio ao mesmo tempo em que assume a carga de trabalho trazida por todo o processo de fusão e aquisição. Isso é especialmente desafiador, por exemplo, para empresas que não tenham experiências em processos desta natureza, que precisam tomar decisões ponderadas e se proteger da exposição e dos eventuais riscos envolvidos no processo negoci

Em outras frentes, é preciso que os envolvidos coordenem e conduzam de forma sigilosa a interação entre todos os envolvidos e antecipem possíveis ameaças antes que ocorram, evitando desgastes e prejuízos. “Para que nenhuma destas frentes fique desassistida, muitas empresas contam com consultorias especializadas, como a Crowe, que conduzem o processo sem que elas precisem desviar o foco de seu negócio”, reforça.

Citando o exemplo da Crowe, Bracourt lembra que a companhia já assessorou clientes em dezenas de transações de fusões e aquisições e conta com um time de mais de 40 pessoas focadas em apoiar seus clientes em todas as etapas do ciclo da Transação, seja ele comprador ou vendedor. “Esse time pode atuar em diversas frentes, endereçando os possíveis riscos”, diz, destacando a vivência e o conhecimento da dinâmica do setor e nestes processos envolvendo pequenas e médias empresas de TI.

É a partir deste time que a Crowe traz conhecimentos relevantes sobre todo o processo negocial, que não apenas conscientizam o empresário, mas o apoiam em todas as etapas, da preparação à conclusão da Transação. Isso inclui a preparação da empresa para o processo, a condução sequenciada de cada etapa e a flexibilidade para ajustar a condução da Transação às necessidades e contexto de negócio do cliente.

“Para isso, disponibilizamos uma metodologia de trabalho testada que coordena o correto sequenciamento das etapas do processo, endereçando os riscos e oportunidades envolvidos no processo”, afirma. “O resultado é a alavancagem do valor da Transação através de um processo competitivo bem estruturado e com a amplitude necessária, resultando em numa transação mais vantajosa e valorosa para o cliente”, complementa.

Para que você possa entender melhor este momento do Mercado e como a Crowe têm ajudado seus clientes, basta acessar o e-book abaixo:

Impulsionando a aceleração de M&A em Tecnologia