Patronal quer manter aumento de 4% para profissionais de TI e negociação não avança

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12:01 pm - 26 de janeiro de 2017

Dirigentes do Sindpd-SP, entidade que representa os trabalhadores de TI do Estado de São Paulo, e do Seprosp, que reúne o setor patronal, voltaram a se encontrar na última terça-feira (24/01) para a terceira rodada de negociações da Campanha Salarial 2017.
A reunião, no entanto, terminou sem acordo, já que a comissão patronal manteve praticamente a mesma proposta salarial que havia sido feita na rodada anterior. Além de não avançarem na oferta de reajuste, os patrões chegaram a recuar em pontos que haviam sido acertados nos encontros anteriores, demonstrando com isso uma tentativa clara de dificultar a negociação deste ano.
Em relação à oferta salarial, a comissão do Seprosp apresentou na rodada uma proposta de 4% de reajuste acrescida de mais 18% de abono a ser pago em outubro. O percentual sugerido foi o mesmo da segunda rodada – a única diferença foi no abono, cuja oferta foi elevada de 15% para 18%. Com isso, a proposta permaneceu distante da inflação de 2016, que fechou em 6,58%, de acordo com o INPC.
Na rodada de negociação, a comissão do Seprosp recuou em um ponto que já havia sido acertado no encontro anterior. Antes, o patronal havia aceitado ampliar o percentual de reembolso do auxílio-creche, que hoje é de 40% para filhos com até 24 meses de idade e de 30% para os que têm de 24 a 60 meses. Pela oferta que havia sido feita pelo setor patronal, as duas faixas de reembolso seriam igualadas em 40%.
Nesta terça-feira, no entanto, a comissão do Seprosp decidiu manter os percentuais atuais. Isso ocorreu logo depois que os patrões ofertaram um reajuste do piso salarial administrativo para R$ 1.141. No argumento da comissão patronal, como o auxílio-creche é calculado pelo salário-base, o aumento do piso inviabilizaria a elevação do percentual do benefício.
A comissão patronal também voltou a apresentar à mesa a retirada de uma série de direitos dos trabalhadores de TI. Isso inclui a redução no valor da multa que é paga pelas empresas em caso de atrasos de salários, a cobrança de valores complementares nos planos de saúde, retrocessos em relação às negociações de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) e até mesmo cortes relacionados ao vale-refeição.
No caso do VR, os patrões ofereceram um vale de R$ 17,50 ao dia apenas para trabalhadores com carga horária de oito horas de trabalho. O Sindpd-SP pressiona para que os valores sejam corrigidos para R$ 20 para quem trabalha mais de seis horas por dia e R$ 18 para os que cumprem carga de até seis horas/dia. A quarta rodada acontecerá na próxima quarta-feira (01/02), na sede do Seprosp.

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