Parte ancestral do cérebro humano resiste a mudanças
O profissional de TI deve defender mudanças que caminham, cada vez mais, para atender desejos, e não necessidades
O cérebro humano lida com a transformação digital de forma específica, pois são grandes as mudanças que ela promove em nosso comportamento. E o profissional de TI tem papel importante no comportamento dos usuários. Quem falou mais sobre o assunto durante o IT Forum Expo 2018 foi Dominic de Souza, diretor comercial multimercado da Sonda. O palestrante fez parte da programação do palco Future Ready.
Ele comentou um pouco sobre áreas diversas do cérebro humano, e como elas reagem a mudanças. “Há uma parte mais antiga do nosso cérebro, a região reptiliana, de 100 milhões de anos. Ela é mais instintiva. Já o sistema límbico, no qual está nosso subconsciente, é mais recente, 50 milhões de anos”. Já o neocórtex tem somente 2,5 milhões de anos de idade, e é a região que faz com que você pense racionalmente – e por isso, gasta mais energia. “Toda vez que surge uma mudança, nossa resistência vem pela parte reptiliana, pois você precisa de mais energia para assimilar mudanças.”
Poder nas mãos da TI
Para Souza, é justamente o profissional de TI quem deve defender essas mudanças que caminham, cada vez mais, para atender a desejos, e não necessidades – aí reside o sucesso de empresas que quebraram paradigmas e são marcas de sucesso entre o público, como Netflix, Amazon e outras.
“Temos que oferecer serviços tão bons que os usuários queiram pagar por eles”. Esse sucesso garante também maior transparência às ferramentas tecnológicas, já que evitam polêmicas quanto ao uso de dados pessoais de serviços gratuitos.
Souza trabalha em TI há mais de 20 anos em empresas como SAP, IBM, Informatica, ServiceNOW, Compuware e Totvs. Publicou dois livros sobre a psicologia aplicada à área comercial, utilizando ícones como Freud, Skinner, Pavlov e Jung.