O mercado brasileiro de iPaaS: a bola de neve já está descendo a montanha

O conceito aborda as plataformas de integração como serviço, tecnologia capaz de conectar diferentes sistemas que uma empresa utiliza.

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12:43 pm - 17 de janeiro de 2020

Se você não ouviu a expressão iPaaS tampouco sabe o que representa, é melhor correr e se preparar. Em um futuro não muito distante, a sigla vai ser uma ferramenta imprescindível para o sucesso de qualquer negócio no Brasil. O conceito aborda as plataformas de integração como serviço, tecnologia capaz de conectar diferentes sistemas que uma empresa utiliza em seu dia a dia. O recurso já é realidade em mercados consolidados digitalmente, por exemplo, a América do Norte, e, aos poucos, começa a chegar também a países emergentes conforme aumenta a demanda por soluções na nuvem.

Os dados comprovam tal crescimento e popularização. Segundo a consultoria Gartner, o iPaaS (sigla inglesa para Plataforma de Integração como serviç0) representa um dos segmentos de software com maior índice de crescimento em todo o mundo. Estima-se que estará avaliado em US﹩ 4 bilhões até 2022. Em nosso país, ainda não há cálculo de tamanho, uma vez que a proposta é bastante recente e não está consolidada. Contudo, espera-se que esse tipo de tecnologia possa atingir um valor de US﹩ 500 milhões na América Latina até 2022, com o Brasil ocupando papel de destaque no desempenho positivo.

O crescimento acelerado é impulsionado pela proposta de transformação digital que as empresas de diferentes tamanhos e setores estão passando – além dos novos modelos de negócios que se apoiam na tecnologia. A consolidação da internet das coisas já é uma realidade em nosso dia a dia com diferentes ferramentas disponíveis e o crescimento na oferta de dispositivos conectáveis, como eletrodomésticos e portáteis. É necessário, portanto, integrar os aparelhos e sistemas que utilizam dados fornecidos por eles.

Entretanto, quando o assunto é a adoção no ambiente corporativo, poucas empresas se mobilizaram e adaptaram seus processos. Com o surgimento de startups e do software como serviço (SaaS), atualmente há milhares de opções de sistemas para utilizarem. Abrem-se inúmeras possibilidades, é verdade, mas quanto maior a diversidade de aplicações, maior é a fragmentação dos dados que trafegam nelas. Pesquisas indicam que uma empresa chega a ter, em média, 120 soluções em suas operações, enquanto 10% delas já usam mais de 200! É uma bola de neve que já está descendo a montanha e não vai diminuir.

Soma-se a isso o receio de investimento em cloud que existe no Brasil. Lá fora, nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, o modelo em nuvem é bastante difundido, com mais de 40% das companhias adotando a modalidade em seus orçamentos. Essa, infelizmente, não é uma realidade brasileira. Aqui, apenas 16% estão familiarizadas com o software em nuvem e por assinatura. Assim, o primeiro desafio para o avanço do iPaaS no país trata-se de um obstáculo comum a toda empresa de tecnologia como serviço: vencer a aversão das corporações mais tradicionais a aplicações em nuvem. É nosso papel ajudar empresas nacionais a entenderem o que é mito e o que é verdade no mundo das tecnologias em nuvem.

Com a transformação digital sendo a principal pauta corporativa atualmente e a necessidade cada vez maior de conseguir aumentar a produtividade sem impactar as despesas e os processos, as soluções em nuvem conquistam seu espaço no dia a dia das empresas brasileiras. Essa demanda faz com que o iPaaS, termo que ainda soa estranho aos profissionais e executivos brasileiros, ocupe uma das principais tendências do país quando o assunto é soluções tecnológicas que agilizam e facilitam a tomada de decisão.

*Por Diogo Lupinari, CEO na Wevo

**Sobre a Wevo: a Wevo é o primeiro iPaaS da América Latina, uma plataforma inteligente e escalável para times de negócio e de TI construírem e gerenciarem integrações de APIs, sistemas e dados. Desde 2012, a Wevo está ajudando empresas como Whirlpool, Volvo, Decathlon, Drogaria São Paulo e Unilever, bem como mais de 1.800 usuários em 10 países, a se transformarem digitalmente.

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