Tecnologia e economia do país: a saída é a oferta de serviços

A área de tecnologia no Brasil depende do bom andamento da economia e da inovação para prosperar. Mas o ano de 2017 está sendo desafiador para os empresários brasileiros do setor de TI e telecomunicações, diante de um cenário de recessão e de números que não são favoráveis aos investimentos, quer sejam eles locais ou com dinheiro estrangeiro. Hoje, investir em infraestrutura e na compra de hardware ou software, torna-se algo extremamente dispendioso e talvez não seja o melhor caminho para organizações de todos os portes.

Sem inovação, não será possível ter produtos atrativos que gerem grande interesse ao mercado. E, nesse sentido, o país também não tem sido eficiente. O Brasil está no 64º lugar no mais recente Global Innovation Index (Índice Global de Inovação), numa lista com centenas de países – e em que Suíça, Suécia, Holanda, o Reino Unido e os Estados Unidos lideram. Para “puxar” a utilização de novas tecnologias, é fundamental que o Brasil siga um modelo vencedor.

Muitos ehttps://itforum.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_528397474.webpsos, analistas e empresários não estão animados com a economia para os próximos dez anos, e chegam a afirmar que será a “década perdida”. Se por um lado os números gerais do país e o crescimento do produto interno bruto (PIB) não são favoráveis aos investimentos, por outro, a livre iniciativa privada não pode parar e continua fazendo o possível para inovar, ser flexível e ter sempre ofertas interessantes para poder crescer. Esse é o cenário difícil, mas positivo para empresas, no qual acredita-se ser a saída para todos que precisam da TI.

A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) criou, há menos de um ano, um comitê para identificar e incentivar as melhores práticas, além de fomentar a inovação do modelo de comercialização do Software como Serviço (SaaS). O principal objetivo é analisar se as empresas estão realmente preparadas para esse modelo de negócio. É certo que não estamos mais engatinhando, entretanto, ainda falta muito para as organizações estarem maduras.

Ainda conta a favor do SaaS e da IaaS (Infraestrutura como Serviço), o fato de que muitas companhias enfrentam problemas com crédito, e que foram obrigadas a utilizar novas alternativas disponíveis. A flexibilidade na contratação do serviço e da oferta de pacotes personalizados é um outro fator preponderante na migração de investimento (CAPEX) para custos operacionais (OPEX). Por operar na nuvem, a solução contratada pode ter redundância e, em tese, nunca parar – algo que não é muitas vezes financeiramente viável se for comprá-la.

É apenas questão de tempo para que os líderes e gestores de TI tenham certeza e a segurança necessária – diante dos excelentes resultados que serão apresentados –, apoiem 100% a ideia do modelo de serviço. Diversas empresas já fazem isso e vivem um momento de transformação digital. Outras milhares entenderão que o pagamento de serviços mensais, o uso de pacotes personalizados e seus benefícios de pós-venda serão essenciais daqui para frente. E é algo para a sobrevivência de seu negócio, investindo em sua atividade-fim, e não mais em tecnologia.

Dessa forma, o futuro da entrega de soluções como serviço, não é só promissor pelos desafios mencionados, como também tem um potencial enorme. Ele ainda trará muitas novidades boas para a iniciativa pública e privada até o final desse ano, reescrevendo a forma como as organizações pensam e atuam, impactando diretamente na lucratividade e na eficiência dos negócios. A década que virá não está perdida – ela só precisa encontrar um caminho sustentável.

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