Suzano moderniza estrutura de TI e adota banco de dados Hana

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12:10 pm - 08 de setembro de 2014
Cada vez mais empresas investem no processamento de dados em memória, algo que a SAP tem trabalhado fortemente para destacar seu produto Hana no mercado. Quando buscam tal alternativa, em geral, as empresas querem transformar a arquitetura e garantir mais agilidade no processamento das informações, algo até óbvio em um mundo pautado pelo tempo real. De olho nas possibilidades que a tecnologia oferece, a Suzano partiu para esse modelo. A mudança fez parte do processo de atualização de versão do ERP da SAP que a empresa utilizava e já estava sem suporte. O investimento no projeto girou em torno de R$ 12 milhões. 

A iniciativa começou em julho de 2013, quando Antônio Augusto Dias Cruz assumiu o cargo de diretor de Tecnologia da Informação. O executivo detalha que foi contratado com objetivo de reestruturar o setor, e que o primeiro desafio foi atualizar e integrar as operações em uma mesma plataforma. Além disso, foi necessário atualizar do ERP da versão 4.7 para a 6.0. “Quando cheguei à empresa, fiquei preocupado em fazer um trabalho de integração e atualização que não fosse mais do mesmo, pois o presidente havia solicitado um trabalho de inovação. Após uma série de pesquisas, constatei que o processamento em memória é a tendência de futuro, um ponto que será o diferencial nos processos de negócios”, explica Cruz. 

O executivo ressalta que a mobilização da empresa para atualizar o sistema de gestão facilitou a entrada do Hana na companhia, visto que seria possível realizar uma sinergia entre os investimentos, testes e mobilização de equipes durante o processo. Segundo Cruz, a implantação também contou com a colaboração da própria SAP, que tinha interesse em fazer um ramp-up com um cliente relevante de mercado. Com isso, a companhia alemã forneceu todo o suporte tecnológico necessário durante o upgrade e adoção da plataforma Hana. 

Com a modernização, as quatro áreas de negócios da Suzano (papel, celulose, florestal e biotecnologia) passaram a trabalhar de forma mais integrada. O Hana também permite que o setor de biotecnologia, responsável pelo estudo e desenvolvimento de material genético, possa gerenciar um volume de dados intenso e complexo de maneira mais rápida, ocupando menos espaço físico. O investimento tem tido reflexo inclusive na produtividade. “Podemos mensurar toda a capacidade de geração de papel e celulose versus espaço que nós temos versus tempo disponível. Agora, conseguimos ensaiar análises correlacionais, análises preditivas, tudo baseado em modelos de big data”, avalia. 

Do ponto de vista dos negócios, o executivo ressaltou a possibilidade de utilizar transações que haviam sido abandonadas pelos usuários devido a limitação de performance de sistema, que tornava a operação muito lenta. Com o Hana, é possível explorar processos de negócios, auxiliando a chegar no resultado com menos transações. “A atualização acabou em março, e a integração das operações está acabando este mês (setembro). Por enquanto, as análises têm sido bem melhores e alguns processos específicos, como fechamento e cockpit de custos, muito mais performáticos com o Hana, o que se traduz em tempo de fechamento mais rápido”, conclui Cruz. 

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