Startups na América Latina ainda estão longe de captar valores registrados na pré-pandemia

Segundo relatório da Latitud, startups da região captaram até o terceiro trimestre US$ 2,75 bilhões

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10:17 am - 01 de dezembro de 2023
Imagem: Shutterstock

O número de startups apoiadas pelo Venture Capital na América Latina continua a aumentar, no entanto, o volume captado pelas empresas ainda fica atrás aos anos de 2019 e 2020, identificou um novo relatório realizado pela Latitud, plataforma de tecnologia que fornece infraestrutura para startups.

De acordo com o “The LatAm Rech Report”, em 2023, as startups da região receberam, até o terceiro trimestre, US$ 2,75 bilhões. A título de comparação, em 2019, foram investidos US$ 5 bilhões. Em 2020, US$ 4,23 bilhões. Em 2021, ano auge da pandemia, o volume saltou US$ 15,97 bilhões para desacelerar em 2022, com US$ 7,88 bilhões captados.

Entre os setores, as fintechs ainda são as mais maduras na América Latina. Elas receberam mais de 40% de todos os investimentos de venture capital na região em 2023 até o terceiro trimestre.

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As startups de e-commerce também amadureceram junto com a adoção de tecnologia pela população latino-americana, recebendo atenção de investidores especialmente em 2020 e 2021. Hoje, 3 a cada 4 pessoas já compraram algo online na região.

A logística como um todo ganhou mais impulso com as restrições da cadeia de abastecimento e o aumento do comércio eletrónico provocado pela pandemia de Covid-19. Mesmo que o financiamento tenha diminuído em 2022 e 2023 em termos de volume, as startups de logística continuam a ganhar um percentual maior do total dos investimentos de capital de risco, aponta o estudo.

Na análise do relatório, as startups de SaaS estão bem posicionadas para crescer após a digitalização trazida pela pandemia de Covid-19. A arrecadação de fundos para SaaS na América Latina cresceu neste ano em comparação com 2022, enquanto o setor geral de startups recuou.

Fundadores e investidores de proptechs estão otimistas em participar da mudança imposta pela pandemia. “Embora o montante de capital investido em proptechs tenha caído no acumulado do ano de 2023, recuou menos do que a média diante de uma clareza maior do mercado quanto a taxas de juros, inflação, e futuro dos imóveis”, destaca o estudo.

O relatório avalia que as healthtechs da América Latina estão em um momento mais maduro, após a tragédia sanitária trazida pela Covid-19. O setor viu um aumento no investimento de capital de risco logo no início da pandemia. Mesmo que esse volume de capital tenha diminuído em 2022 e em 2023 até agora, a participação das tecnologias de saúde no capital de risco total é de 3,8%, o maior nível em 5 anos.

O relatório lembra que a pandemia de Covid-19 forçou as escolas e muitos locais de trabalho a se tornarem digitais, abrindo uma oportunidade para a digitalização da educação tradicional e o desenvolvimento da força de trabalho. As edtechs devem aproveitar a necessidade de atualização e melhoria do setor educacional.

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Redação

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