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Smartwatches no trabalho: benção ou maldição para a TI?

É difícil avaliar se os smartwatches serão populares entre os usuários
corporativos, muito menos entre os profissionais de TI que precisarão proteger
os dados presentes neles.

Smartwatches Android vão responder à sugestão “OK, Google Now”, da
mesma forma do Google Voice Search faz.

Um uso potencial dos SmartWatch nos negócios é  a emissão de alertas
rápidos para os usuários, que não precisarão procurar pelo smartphone na bolsa
ou bolso. Um corretor da bolsa de valores, por exemplo, poderia receber um
alerta quando um estoque atingisse um determinado preço, ou um médico saberia
quando a condição de determinado paciente passasse para crítica.

Os dois exemplos equiparam os SmartWatches com os pagers pessoais da década
de 1980, que se tornaram muito populares entre os médicos e corretores.

Com vantagens.

E se um relógio inteligente no pulso puder fazer todas as coisas que o
Google imaginou para o Android Wear, ele poderá vir a ser uma maneira fácil de
fazer chamadas e obter direções de tráfego, enquanto dirigimos.

Nesse cenário, um smartwatch assumiria o papel das tecnologias de condução,
hands-free, enquanto o Google trabalha no Android Auto SDK para fazer com que
os smartphones Android possam interagir com os painéis dos veículos.

Para ser claro, o Google não está particularmente empurrando os smartwatches
para ambientes de negócios. Em vez disso, a sua prioridade parece ser torná-los
elegantes e úteis o suficiente para que as pessoas tenham vontade de comprá-los
e usá-lo, em qualquer lugar.

Em uma sessão da Google I / O,  Timothy
Jordan, desenvolvedor do Google, declarou que “o desktop e o laptop são
ferramentas para o trabalho;  e os wearables são ferramentas para a
vida.”

O comentário de Jordan não foi uma declaração política do Google, é claro,
mas se concentra em como as pessoas usam a tecnologia. O trabalho é parte da
vida da maioria das pessoas, e trabalho e a vida pessoal estão cada vez mais
inseparáveis​​ no século 21.

O BYOD é o retrato fiel desta tendência. Uma mostra fiel do quanto a
sociedade moderna exige a mistura de trabalho e vida pessoal, amparada pelas
modernas tecnologias de comunicação e informação. O Google abraçou essa
realidade mais plenamente com Android for Work,  introduzido no I / O; ele
é projetado para ajudar a TI a fornecer um ambiente mais seguro para que os  funcionários possam ter os dados da empresa
nos próprios aparelhos, separando bem o ambiente pessoal do profissional.

O Android for Work fará parte da próxima versão do Android – conhecido por
enquanto apenas como Android L – previsto para chegar ao mercado no último
trimestre deste ano. O sistema usa as tecnologias Knox, da Samsing e Divide, da
inMay.

Voltando aos smartwatches, muitos deles, incluindo o Samsung Gear 2, possuem
uma quantidade razoável de capacidade de armazenamento. Assim, empresas de TI
terão de se preocupar com eles da mesma formam como se preocupa com
dispositivos de computação independentes, e não simplesmente como dispositivos
auxiliares, conectados a smartphones com políticas de gestão implementadas
através do Android for Work.

Dado que os smartwatches ainda estão evoluindo, vários analistas continuam
sem saber que demandas de segurança a TI terá.

Além de atuar como um pager, usado no pulso para alertas, outras
possibilidades de uso corporativo começam a vir  à tona: smartwatches poderiam
ser usado para substituir os cartões de identificação dos funcionários ou como
uma maneira mais rápida de verificar e-mails ou fazer chamadas telefônicas.
Todas essas funções já podem ser realizada com os aparelhos disponíveis hoje.

A simples conveniência de usar um smartwatch pode não ser persuasiva e
importante o suficiente, para que os relógios inteligentes mereçam apoio,
autorização ou financiamento de empresas e seus departamentos de TI.

“Muitos exemplos do que um trabalhador pode fazer com um smartwatch estão
vindo do que esse trabalhador já pode fazer hoje com um smartphone.  Se as
empresas gastaram tempo e dinheiro tornando seguro o uso de smartphones, por
que não investir em um relógio?” pondera Carolina Milanesi, diretora de
pesquisa da Kantar WorldWide.

“Ok, legal, então meu relógio poderia substituir o meu crachá de
identificação. Mas se  tudo o que poderei
fazer em ele já posso fazer com o meu  telefone, então por que gastar 200
dólares em um relógio?”, questiona Rob Enderle, analista do Enderle Group.
As empresas não estão ansiosas deslocar as tecnologias de cartão magnético para
chip-and-PIN, RFID ou NFC – que
são, indiscutivelmente, soluções mais convenientes e seguras.

Isso poderia ser uma indicação clara de que as empresas têm pouco interesse​
em abraçar os smartwatches, disse Enderle. “Wearables têm potencial para
desempenhar um papel maior nas empresas.  Não tenho dúvidas de que haverá empresas com
soluções SmartWatch e até mesmo as empresas que correrão para implantá-los, mas
podermos conta-las nos dedos”.

Na opinião do analista, para justificar o custo de implantação e suporte de
smartwatches, uma empresa precisará identificar uma vantagem única e crítica,
não disponível através de uma tecnologia já existente. “Talvez um
smartwatch possa oferecer alertas para alguma forma de ameaça significativa,
como temperatura corporal elevada durante a execução de determinada
tarefa”, exemplificou Enderle.

Um SmartWatch com um sensor especial poderia alertar um usuário para uma
mudança corporal sutil – não apenas de temperatura – que poderia vir a ser uma
ferramenta significativa na luta contra doenças do trabalho.

É exatamente este tipo de conjectura que está ajudando a impulsionar a
inovação dos smartwatchs.

Na opinião de Ramon Llamas, analista da IDC, o SmartWatch pode ter um grande
potencial também entre os  executivos, se o Google e outras empresas
puderem combinar o contexto de um trabalhador em determinado momento do dia com
a sua agenda.

“Me pergunto como wearables contextuais poderão saber o que você está
fazendo e onde você estará em um determinado momento para, de posse dessas
informações, combinadas com outras informações recebidas por e-mail ou outra
forma de comunicação, poderem emitir alertas que ajudem o usuário a decidir o
que fazer, como agir e se comportar”, disse Llamas.

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