Smartchains quer dominar blockchain permissionado

Engana-se quem pensa que blockchain é reduto apenas das criptomoedas.  O outro lado dessa moeda é o blockchain permissionado, que são redes privadas, desenvolvidas e geridas por empresas para melhorar sua operação. Quem está apostando nesse modelo é a Smartchains, que ingressou no mercado em abril deste ano e desenha um cenário promissor já em 2018.

De acordo com Fulvio Xavier, cofundador da Smartchains, as redes permissionadas vêm sendo experimentada por diversas empresas e instituições no mundo e no Brasil já há essa movimentação, porém ainda tímida. “A Febraban liderou uma iniciativa reunindo bancos e instituição financeira para simular uma operação de uso de cadastro compartilhado. Há ações, mas ainda podemos avançar muito e a Smartchains está nessa trilha”, avisa.

O executivo define a empresa como sendo uma “blockchain builder”, que não está presa a nenhuma plataforma específica. Por meio de metodologia ágil, a companhia identifica a viabilidade de casos de uso e desenvolve soluções de negócio customizadas a partir da tecnologia blockchain.

Xavier acredita ser essa uma grande oportunidade e visão estender a funcionalidade do modelo do blockchain muito além da indústria financeira. A partir das redes permissionadas, ele diz, qualquer empresa que necessita garantir mais confiança, transparência e agilidade aos seus processos pode fazer isso de forma rápida, segura e imutável.

Blockchain permissionado. Como funciona?

Uma blockchain permissionada é composta por um consórcio de participantes, que inclui empresas, governos e cadeias de valor, usando a mesma estrutura para acessá-la e trocar informações. Dessa forma, uma indústria de alimentos, por exemplo, pode incluir seus produtores, distribuidores, empresas de logística e até o supermercado no blockchain privado para acompanhar todo o caminho de seus produtos, desde a semente até a gôndola.

Xavier destaca que a vantagem do rastreamento dos processos pode ser desfrutada em várias cadeias de negócio de empresas atuantes em diferentes segmentos da economia. “Sem contar que além da visibilidade, a cadeia ganha agilidade, elimina erros humanos com o digital e muita segurança com base na própria essência do blockchain que blinda qualquer alteração dos dados existentes”, argumenta. E mais: “Permite customizar quem pode ver o que na rede”. Mais ainda: “Uma empresa pode ter quantas redes permissionadas quiser, de acordo com sua estratégia de negócio”.

Ele acredita que nos próximos dois a três anos haverá uma demanda absurda de blockchain para empresas. “E consequentemente a criação de novos consórcios e parcerias para tratar dessas cadeias de negócios do futuro”, estima o cofundador da Smartchains que promete dominar esse mercado.

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