Simulações de corridas e inovações no Brasil ganham destaque no Oracle CloudWorld

Evento em Las Vegas (EUA) contou com clientes da companhia falando sobre seus casos de uso com a nuvem

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9:00 am - 19 de outubro de 2022
Safra Catz, CEO da Oracle. Foto: Divulgação

O primeiro dia do Oracle CloudWorld, realizado em Las Vegas*, foi marcado pela apresentação de cases de diferentes indústrias com a empresa. Com a abertura de Safra Catz, CEO da companhia, que convidou diversos executivos para comentar como a tecnologia fomenta a inovação em seu segmento.

Christian Horner, CEO da Oracle RedBull Racing, deu detalhes de projetos com a empresa, como a simulação de corridas. Segundo ele, a equipe está gerando uma grande quantidade de dados e, atualmente, a simulação desempenha um papel fundamental em todas as práticas.

“Nós não temos permissão para testar os veículos. Os pilotos não podem testar, é diferente de qualquer outro esporte do mundo. Se você é um jogador de tênis ou de golfe, pode testar seus equipamentos. Usando a tecnologia de forma ágil e eficiente, você consegue estar um passo à frente dos concorrentes”, exemplificou ele.

A nuvem da Oracle, para ele, permite que a tecnologia seja mais ágil e os recursos adicionais sejam usados muito mais rápidos. Como a equipe é consideravelmente nova, a ferramenta permitiu construir uma infraestrutura para executar grandes quantidades de simulações rapidamente dentro da cloud.

“Você entende novas pistas e toma decisões para uma boa corrida. Ninguém nunca correu em Las Vegas antes, mas a plataforma também é usada para desenvolver o carro, não apenas para os pilotos praticarem. Nós escaneamos cada circuito que vamos lidar e os motoristas a experimentam no mundo virtual”, revela o executivo. Além disso, as simulações permitem baratear os treinos, pois não há, por exemplo, risco de batidas.

Esteve presente, também, Jensen Huang, fundador e CIO da Nvidia, apresentando uma parceria de vários anos para ajudar os clientes a resolver desafios de negócios com computação acelerada e IA. A colaboração visa trazer toda a expertise de computação acelerada da NVIDIA – de GPUs a sistemas e software – para o Oracle Cloud Infrastructure (OCI).

Ele citou como oportunidade o segmento de saúde que, especialmente com a pandemia, ficou mais próximo da transformação digital. Segundo o exemplo, na próxima década, as ciências de biologia, medicina e computação se transformação em um único setor trabalhando junto.

Em coletiva de imprensa, Manuvir Das, vice-presidente de computação empresarial da Nvidia, complementou ao falar sobre possíveis casos de IA na saúde. Ao realizar um raio-x, é preciso entender se um osso está quebrado. O uso de um software poderia determinar automaticamente uma triagem e, se não houver um radiologista, realizar o diagnóstico. “Os pacientes poderão receber um feedback rapidamente de uma instituição médica sem esperar a próxima consulta com o médico”, diz.

Gordon Machechnie, CTO do Deutschbank, frisou a crescente necessidade de o mercado financeiro utilizar tecnologia. “Às vezes pode ser complicado se modernizar por causa da área regulatória, uma das mais ‘quadradas’ em todo o mundo. Ainda assim, precisamos modernizar o que já temos, inovar com novos produtos e serviços e manter estável aquilo que já temos”, ponderou.

De acordo com o executivo, o segmento precisa ser capaz de inovar, principalmente em um momento em que novas empresas, como as fintechs, surgem no mercado. A grande questão é como inovar de uma maneira que os sistemas continuem sólidos seguros.

Sustentabilidade no Brasil

Além dos exemplos globais, o evento da Oracle contou com Jefferson Ticianelli, executivo de transformação digital da Suzano, comentando os projetos da empresa. Para se tornar uma companhia mais sustentável (ela já é carbono negativo), está investimento em tecnologia, principalmente na cadeia de produção.

“Hoje, temos diversas áreas de negócios, mas estamos olhando para as oportunidades como um todo. Criamos um setor de tecnologia chamado Digital Tech com um novo modelo de TI no qual estamos construindo parcerias mais estratégicas”, disse ele.

Atualmente, a Suzano tem mais de 15 sistemas para gerenciar o supply chain. Com a Oracle, a pretensão é ter apenas uma plataforma que planejará e fará o follow up com mais agilidade e eficiência. O outro grande projeto é a construção de um blockchain que permitirá trackear todos os dados, desde a plantação até a entrega dos produtos em todos os países em que a empresa atua.

“Estamos no meio do processo de ambas as implementações. Já mapeamos todos os processos e estamos construindo os sistemas. O foco é testar em janeiro de 2023 e ter a implementação total em março”, afirmou Jefferson.

Para a Oracle, afirmou Alexandre Maioral, presidente da empresa no Brasil, essa é um projeto muito importante pois engloba transformação de negócios e de vida. “A história da Suzano é algo que queremos fazer de um case para que todas as outras companhias fazerem também. Não é só um case só de Brasil ou de América Latina, mas global.”

*A jornalista viajou a convite da empresa

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