Setor financeiro é o que mais investe em cibersegurança no Brasil

Empresas do setor financeiro são as que mais investem em cibersegurança no Brasil, confirmou uma pesquisa da Tempest realizada em parceria com o DataFolha. O levantamento foi feito com gestores, líderes e técnicos responsáveis ou que participam da gestão de cibersegurança de 172 empresas de pequeno, médio e grande porte.

Na análise pode se verificar que o investimento do setor financeiro em estratégias de segurança é superior a empresas de outros setores. Assim como há orçamentos dedicados ao tema. De acordo com a Tempest, a média orçamentária do setor financeiro ultrapassa R$1,8 milhão anual. Já empresas de outros segmentos investem em média R$ 747 mil.

Das empresas financeiras, Cybersegurança e TI têm orçamentos independentes em 15% delas. No recorte das grandes empresas, essa porcentagem sobe para 23%. Em um terço das organizações de setores que não são o financeiro, o orçamento de cyber representa entre 10% e 15% do de TI.

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Os investimentos do setor também refletem em mais profissionais alocados em cibersegurança, com 20% das empresas com mais de cinco posições executivas. Além disso, 69% das empresas desse setor já possuem cadência e frequência estabelecida da pauta de cyber nos conselhos administrativos e/ou comitês executivos, com frequência trimestral de relatório. Dentre as empresas de outros segmentos, 46% possuem uma única posição executiva e 47% levam as pautas de cyber aos conselhos de forma frequente.

“Com exceção do segmento financeiro e das empresas de maior porte, a pesquisa mostra que ainda há espaço para que lideranças do alto escalão aumentem seus conhecimentos sobre a complexidade do tema. A resposta passa por um processo de autodeterminação de um modelo de segurança para entender sua dependência de tecnologia, quais são suas joias da coroa e, nesse sentido, quais os perfis (operacional, tático, estratégico) que irão atender à segurança desta estrutura”, afirma Lincoln Mattos, CEO da Tempest.

Apesar de apresentarem um orçamento para cibersegurança maior que a média das empresas de outros segmentos, 46% dos entrevistados do setor financeiro afirmam que orçamento é um desafio, no entanto, o principal desafio neste setor diz respeito à falta de alinhamento e/ou envolvimento da cibersegurança em projetos desde o seu início (60%).

Na avaliação da Tempest, os orçamentos em cibersegurança devem voltar a crescer no pós- pandemia. Em 2022, haverá expansão de verbas em 69% das empresas, enquanto no ano anterior o percentual foi de 44%. A pesquisa detectou que as ameaças cibernéticas estão entre os principais riscos ao negócio, apontamento feito por 64% dos gestores de cyber de todos os segmentos consultados.

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