Saúde é o terceiro setor mais atacado pelo cibercrime no Brasil em 2024

Segundo a Kaspersky, em quatro meses a saúde saltou de 7º para 3º lugar no foco do cibercrime

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10:30 am - 13 de maio de 2024
Imagem: Shutterstock

Um levantamento da Kaspersky divulgado recentemente registrou mais de 800 bloqueios de ataques de ransomware por dia em 2024, ou 106 mil tentativas de golpe desde janeiro. O setor da saúde aparece como terceiro mais atacado no ano, com 6,5 mil tentativas, atrás dos setores de serviço e governo.

Em apenas quatro meses, a área da saúde saltou de 7º para 3º lugar no foco do cibercrime em comparação com o ano de 2023.

Com 483 mil detecções de ransomware no Brasil em 2023, os 106 mil de 2024 mudaram o foco do cibercrime. Ele se modificou desde o ano passado não só no Brasil, mas também na América Latina – o setor da saúde também é o terceiro entre os mais atacados de 2024 na região. Nos Estados Unidos, o setor se mantém em primeiro lugar desde 2023.

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Segundo a Kaspersky, os grupos de ransomware demonstraram compreensão sofisticada das vulnerabilidades de rede, utilizando uma variedade de técnicas para atingir os objetivos.

“Não é de hoje que o setor da saúde é uma das principais vítimas de ataques de ransomware, porém vimos um exponencial crescimento nesse ano, com o dobro de ataques apenas nos quatro primeiros meses”, diz Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina. “Esse é um setor bastante regulamentado no mundo todo – entretanto, as pequenas e médias empresas não possuem uma área dedicada a cibersegurança, com muito software legado e sistemas operacionais antigos. Como os dados que possuem são críticos, eles acabam pagando o resgate em caso de invasão, pela falta de escolhas.”

Como se proteger?

Para proteger as empresas contra ransomware, a Kaspersky recomenda algumas medidas de segurança:

  • Manter programas atualizados, tanto nos dispositivos quanto nos servidores. O objetivo é impedir que os atacantes consigam explorar vulnerabilidades e consigam se infiltrar na rede corporativa;
  • Concentrar a estratégia de defesa na detecção de movimentação lateral e no bloqueio de atividades de transferência fraudulentas de dados confidenciais para a internet (os vazamentos). Atenção especial ao tráfego de saída para detectar conexões de cibercriminosos com a sua rede;
  • Configurar backups offline que invasores não serão capazes de adulterar. Garantir que a empresa possa acessá-los rapidamente quando necessário;
  • Ativar a proteção contra ransomware em todos os endpoints;
  • Instalar soluções anti-APTs e EDR, ativando funcionalidades de descoberta e detecção de ameaças avançadas, investigação e rápida neutralização de incidentes;
  • Possibilitar acesso da equipe do SOC à inteligência de ameaças mais recente.

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Redação

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