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Recém-criada, escola quer formar programadores para a economia digital

É alta a procura por profissionais na área de tecnologia, especialmente de programação. Encontrar pessoas qualificadas, porém, não tem sido uma tarefa fácil para empresas de diferentes portes e setores. O mercado brasileiro não forma mão de obra suficiente para o volume crescente de demanda das organizações. Na prática, a equação não fecha.

Para ajudar a melhorar esse quadro, surgiram nos últimos anos diversas startups e escolas especializadas em capacitar pessoas para o mercado digital, principalmente desenvolvedores e cientistas de dados. Liderada por executivos sêniores de tecnologia, acaba de nascer a SoulCode Academy, uma edtech cuja proposta é ser uma escola inclusiva, com o propósito “tech for good”.

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Segundo Fabricio Cardoso, cofundador e diretor-geral da SoulCode Academy, executivo experiente com passagens em cargos de liderança na IBM, Microsoft, Oracle, EY e Kenshoo, cinco pilares vão transformar o mundo: educação, diversidade, saúde, longevidade e sustentabilidade. “Nossa missão é a formação e o emprego, aplicando esses pilares”, explica.

De acordo com um estudo do Instituto Locomotiva, há mais de 7 milhões de brasileiros trabalhando com aplicativos, mas no ‘subemprego digital’. “Queremos os brasileiros trabalhando realmente na economia digital, com uma carreira promissora, e uma renda que transforme sua família e as próximas gerações”, afirma Cardoso. A proposta passa por aumentar a quantidade de pessoas que atuam como programadores.

Para este ano de inauguração das operações, a escola planeja entre seis e nove bootcamps, com o objetivo de formar entre 200 e 270 pessoas como desenvolvedores ‘web full stack’. No roadmap está prevista a inclusão de outras carreiras, como cientista de dados, cloud infrastructure e Salesforce, além de cursos noturnos. “Estamos nas etapas finais do processo de seleção”, conta o executivo. Até o momento, a escola teve 1,1 mil inscritos de todo o país, para 30 vagas. Serão selecionados 15 mulheres e 15 homens para a primeira turma, com início das aulas no dia 26 de janeiro.

O público-alvo é formado por pessoas que buscam ressignificar a carreira ou uma oportunidade de ingressar em uma nova carreira em tecnologia. “São pessoas que têm uma capacidade lógica, pois isso é a base para programação”, diz Cardoso. A própria SoulCode Academy tem parceria com o Eu Capacito, plataforma criada pelo Movimento Brasil Digital, para fomentar esse conhecimento.

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Segundo ele, a metodologia da escola é ágil, diferenciada e exclusiva, com aulas online, em português e ao vivo. O curso tem duração de 16 semanas, com aproximadamente 700 horas de aulas teóricas e práticas, e apresentação de um projeto final em quatro semanas, explica o executivo. O índice de empregabilidade dos alunos será um dos principais indicadores-chave de desempenho (KPIs, na sigla em inglês). “Temos um time dedicado para trabalhar e dar ‘match’ entre alunos e parceiros com vagas.”

Além da capacitação e empregabilidade, a edtech tem foco em inclusão e diversidade. “Além do conhecimento técnico, trabalhamos nos alunos soft skills, e dentro dessas atividades temos workshops sobre o conceito e a importância do give back e trabalho voluntário”, observa Cardoso. Em uma das etapas do processo seletivo, por exemplo, os alunos gravam um vídeo, num formato de ‘pitch’, seguindo um roteiro que está na plataforma digital de seleção. “Umas das perguntas é se praticam ou praticaram algum tipo de trabalho voluntário.”

O modelo de negócios da startup oferece, além dos cursos gratuitos, opção de turmas fechadas para as empresas, com participação apenas de seus colaboradores, num formato sob demanda (on demand), conforme a necessidade digital e de transformação tecnológica que a empresa necessite.

À frente do negócio, além de Cardoso, estão Juana Pinkalsky, que liderou o Oracle Academy, área de educação da Oracle, e Carmela Borst, também cofundadora e conselheira executiva da área de marketing de tecnologia, reconhecida por trabalhos de impacto social e conselheira em ONGs, como Gerando Falcões, Casa do Zezinho e Instituto Ser+.

A startup tem, ainda, um conselho composto por executivos experientes no mercado de tecnologia, como Silvio Genesini, ex-presidente da Oracle do Brasil; Alessandra Bomura, CIO América Latina da Logicalis Latam; Fernando Lemos, alto executivo em empresas como Oracle, Natura e atual executivo da Microsoft; Gil Giardelli, professor e futurista digital; Valéria Soska, vice-presidente de vendas da SAP Concur para América Latina e Vitor Cavalcanti, CEO do Movimento Brasil Digital e diretor-geral do Instituto IT Mídia.

 

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