Receitas da TIM crescem último trimestre, mas caem 0,6% em 2020

Retomada no último trimestre sinaliza perspectiva positiva para o início de 2021, avalia de Pietro Labriola, CEO da TIM

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1:52 pm - 10 de fevereiro de 2021
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A TIM fechou o ano de 2020 uma receita líquida total de R$ 17,26 bilhões, uma redução de 0,6% quando comparada ao ano anterior, anunciou a companhia na publicação de seu balanço financeiro do quarto trimestre do ano, nesta quarta-feira (10).

O resultado negativo do ano é atribuído ao impacto da pandemia da Covid-19 na atividade econômica do País, que afetou a companhia, em especial, nos dois primeiros trimestres de 2020. Isso resultou em uma queda de 22,7% na receita de produtos no ano.

“As medidas para combater a pandemia, através de isolamento e distanciamento social, afetaram substancialmente o dia a dia dos nossos clientes e das nossas operações”, pontuou Pietro Labriola, CEO da TIM.

Segundo Labriola, os impactos vieram através de fatores como o fechamento de pontos de venda e a migração para um modelo de trabalho 100% virtual. Também através da redução da atividade comercial, da mudança no tráfego de voz e dados na rede e da mudança na relevância do serviço de telecomunicações para a vida dos clientes.

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“Para gerenciar essa situação e revertê-la em forma de evolução para a TIM, foi necessário um grande foco na execução, com agilidade na tomada de decisões da organização e a coragem digital”, completou.

Apesar da redução de receita no agregado do ano, o último trimestre de 2020 foi marcado por um aumento de 2% nos ganhos em relação ao mesmo período de 2019, atingindo R$ 4,6 bilhões.

Na avaliação de Labriola, o resultado do último trimestre do ano é uma perspectiva positiva para a telco, e sinaliza um potencial crescimento nos primeiros trimestres do ano fiscal que se inicia em 2021.

“O crescimento da receita é evidente e uma velocidade de saída de 2020 muito interessante para ter a perspectiva do que vai ser o número do primeiro e segundo trimestres de 2021”, pontuou.

Resultados de serviços

No trimestre, a empresa observou um crescimento de 1,5% em seu serviço móvel, e no serviço fixo, de 8%. O serviço móvel respondeu por R$ 4,16 bilhões em negócios, enquanto o fixo faturou apenas R$ 277 milhões.

A receita móvel média por cliente móvel da companhia teve um crescimento de 7,7% em relação ao ano passado, alcançando R$ 27.

No fronte de serviço fixo, a fibra TIM Live, que representa 62% da receita da divisão, teve um ARPU de R$ 90,7. O valor é um crescimento de 8,2% quando comparado ao ano anterior.

A empresa destacou também a expansão da base de clientes da TIM Live, que chegou às 645 mil conexões, com uma adição de aproximadamente 80 mil nos últimos 12 meses. O resultado significa um crescimento de 14% ano a ano.

Banco C6

Em outras receitas, o último trimestre foi o primeiro em que a linha passou a ser impactada pela parceria com o Banco C6, banco digital com o qual a operadora atua em modelo de revenue share. A TIM gerou R$ 14,7 milhões com a parceria no período.

A linha de outras receitas, no entanto, registrou uma queda de 6,3% no último trimestre. Segundo a empresa, isso se deve a uma oscilação natural de receitas com parceiros não recorrentes ocorrida em dezembro de 2019. No acumulado do ano, a linha teve uma redução de 8,5%.

O valor absoluto da linha é majoritariamente referente à receita gerada por contratos de compartilhamento e swap de rede, em linha com a estratégia da companhia de ampliação da infraestrutura de transporte em fibra (backbone e backhaul) com maior eficiência na alocação de recursos (Capex e Opex).

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