Qual nuvem tem menor custo, a privada ou a pública?

A capacidade para gerir a infraestrutura e a utilização dos recursos de hardware de maneira eficiente está no centro da questão

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2:11 pm - 10 de novembro de 2016

O debate sobre qual nuvem é a mais barata, se a pública ou privada, ganhou novos contornos após a  a divulgação de um novo estudo da 451 Research, que destaca como fatores mais importantes de uma cloud pública, comparativamente à privada, a capacidade para gerir, de maneira eficiente, a infraestrutura e a utilização dos recursos de hardware.

Em termos gerais, se uma organização tem experiência na gestão de um grande número de servidores de alto nível,  as nuvens privadas geridas pelo próprio cliente podem ter um custo total de propriedade (TCO) melhor.  Pressupõem o controle inerente à infraestrutura, algo que contribui para a paz de espírito e tranquilidade dos clientes em relação à segurança. Mas podem ser difíceis de configurar e administrar.

As clouds públicas, por sua vez, proporcionam acesso a uma quantidade quase infinita de recursos de infraestrutura sem grande investimento inicial (na maior parte dos casos), e capacidade de usar a mais avançada tecnologia disponível de maneira imediata.  Para ambientes de menor dimensão, ou com volumes de trabalho que oscilam, a cloud pública acaba por ser uma opção financeira mais atrativa.

A comparação em termos financeiros também deve ser levada em conta. Para determinar o já referido TCO, uma das formas de medir a eficácia da cloud é o número de máquinas virtuais geridas por cada engenheiro.

cloudcusto

Genericamente, se uma organização é capaz de atingir um número de 400 máquinas virtuais administradas por engenheiro, a cloud privada pode ser uma opção financeira mais atrativa comparativamente à cloud pública. Se a organização não é capaz de atingir esse nível, então talvez a cloud pública seja mais conveniente.

Outra consideração é em relação à utilização de recursos. Se a infraestrutura apenas utiliza cerca de metade da sua capacidade, então é preciso que um administrador de cloud faça a gestão de mil máquinas virtuais para conseguir vantagens de TCO em relação à cloud pública.

Quando as organizações decidem optar pela cloud privada é possível considerar a opção de soluções open source.  Em termos gerais, se uma organização tiver uma elevada utilização de recursos e menos de 400 máquinas virtuais por engenheiro, a VMware e a Microsoft têm vantagens em termos de TCO. Mas se a organização tem experiência para gerir um número superior a 400 máquinas virtuais por engenheiro, o OpenStack pode ser uma boa opção.

Mão de obra para OpenStack é mais cara
Outro dos aspectos a ser considerado na opção entre uma ou outra nuvem é o custo da mão de obra.

O relatório indica que o salário médio de um engenheiro com competências em OpenStack é 30% maios que o de um administrador de VMware ou Microsoft.  

O relatório adverte que uma implementação de cloud privada pode tornar-se um pesadelo financeiro se não forem atingidos certos níveis de utilização e eficiência. É difícil prever a quantidade de engenheiros necessários para gerir uma frota de máquinas virtuais e da sua boa utilização.

Entre as vantagens das clouds públicas está poder contar com recursos on demand. O que faz com que investimentos e planificação não sejam tão críticos.

Por fim, o estudo sublinha que há outros fatores importantes, como os custos com a migração, os investimentos em infraestruturas existentes, a experiência interna na gestão de sistemas e a formação potencial.

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