Filipe Bastos Machado, sócio da NTT DATA e recentemente nomeado COO da companhia no Brasil, estava há seis meses na empresa como líder da área de qualidade e testes. Foi quando a necessidade de um cliente levou sua equipe a desenvolver, praticamente do zero, um projeto de acessibilidade digital.
Depois de quase seis anos, o executivo, que também é responsável pelo Centro de Excelência Regional LATAM para o desenvolvimento de negócios de QA & Testing e Diretor da Fundação NTT DATA Brasil, ganhou o Prêmio de Executivo de TI do Ano com o projeto que trouxe impacto na organização e na sociedade.
Antes de mais nada, Machado destaca que apenas 1% de 14 milhões de sites são acessíveis para pessoas com deficiência, ainda que 45 milhões de brasileiros, ou seja, 24% da população, possua algum tipo de deficiência e mais da metade utilize a Internet com frequência. No entanto, a maioria das empresas encontram dificuldades na implementação de uma cultura de desenvolvimento de software onde os fatores de acessibilidade digital sejam implementados de forma a solucionar o cenário atual.
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O escopo do projeto premiado envolvia desenvolver e evoluir continuamente o serviço de acessibilidade digital na empresa, considerando diversos aspectos como: metodologia, tecnologias assistivas, normas referentes, linguagens e experiências reais.
A área de Qualidade da NTT Data, em 2016, já pensava muito sobre essa questão, sobretudo devido à integração e sensibilidade da equipe formada por pessoas com diferentes graus de autismo, conta Machado. Dessa forma, quando apareceu a demanda de acessibilidade digital “tudo surgiu de forma natural”.
No entanto, também surgiram desafios no caminho. O primeiro, ele conta, foi adquirir o conhecimento necessário para o desenvolvimento do serviço. “Para isso, recorremos a parceiros que nos permitiram acelerar essa etapa do desenvolvimento”, diz, contando que outro desafio foi em relação à escolha das tecnologias assistivas a serem utilizadas.
Para suplantar esse obstáculo, foi desenvolvida a Pesquisa Brasileira de Leitores de Telas onde foi possível identificar os hábitos dos usuários de Internet brasileiros que utilizam alguma dessas tecnologias. O terceiro, e também o desafio mais importante, diz o executivo, foi a integração e capacitação de equipes híbridas, formadas por profissionais cegos, com baixa visão e sem deficiência visual para a execução do serviço.
“Para vencê-lo, além de uma metodologia muito bem definida para a execução do serviço, foi necessário criar uma nova sistemática de aprendizado para os novos times”, diz.
O projeto começou na área de qualidade, mas seguiu para o desenvolvimento e gerou uma mudança cultural na empresa que passou a desenvolver projetos internos e de clientes, ainda que sem o escopo de acessibilidade, mais acessíveis.
“A evolução da acessibilidade digital dos produtos dos nossos clientes, aumentou o grau de satisfação e engajamento de seus usuários e também trouxe um impacto positivo em suas marcas”, conta Machado. “A elaboração e evolução do serviço trouxe à tona uma discussão mais profunda que atingiu praticamente toda a organização”, incluindo outras áreas de suporte aos negócios.
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