Private equity levantou US$ 25 bi na América Latina em 2021

Estudo da Bain & Company mostra que Brasil respondeu por 60% do total das operações realizadas no ano passado

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8:32 am - 04 de maio de 2022

Em 2021, a indústria de private equity na América Latina movimentou US$ 25 bilhões. O valor divulgado pelo relatório Global Private Equity Report 2022, da Bain & Company, considera os 50 maiores fundos de investimento da região. O Brasil, segundo o levantamento, é responsável por 60% do total das operações realizadas no ano passado.

O volume de investimentos privados realizados no período cresceu 55% acima da média do observado nos últimos cinco anos – atingindo o segundo maior patamar da história. Em 2019, o valor levantado foi de US$ 27 bilhões.

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De acordo com o levantamento da Bain, do total de investimento realizados na região, mais da metade (59%) foi destinado para compra de uma fatia minoritária do controle acionário. Em aquisições, por sua vez, esse volume representou 22% das operações. As demais foram ofertas públicas iniciais (IPO) e processos de privatização, com 12% e 8%, respectivamente.

O relatório destacou ainda que os setores mais buscados pelos fundos de private equity foram serviços financeiros (24%), transportes (13%) e varejo/bens de consumo (12%). O volume de saídas (exits) também registrou recorde em 2021, somando US$ 8,5 bilhões, 29% superior ao observado no ano anterior. O Brasil foi responsável por 89% dessas operações, mostrando a relevância do país como principal motor da região para investimentos privados.

Para 2022, entretanto, o relatório aponta uma série de novos desafios para a indústria de private equity em razão dos impactos econômicos gerados pela crise do Covid e agravados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

“O conflito vem gerando pressões inflacionárias significativas em todo o mundo, tanto nos preços de commodities e outros insumos como energia. Isso eleva custos para produtores, que acabam repassando para os consumidores. Além disso, ainda vemos certa instabilidade das cadeias globais de distribuição pelo recrudescimento da covid-19 em países como China”, destaca o estudo.

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