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Pressão por eficiência altera infraestrutura de TI

De um lado, a pressão pela redução de custos, do outro, a busca contínua pela melhoria da qualidade do serviço e desempenho. Cada vez mais crítica, as áreas de infraestrutura de TI e operações têm passado por profundas transformações nos últimos anos, impulsionadas principalmente pela computação em nuvem e virtualização – resultando no aumento da complexidade de data centers para prover a agilidade necessária às demanda dos negócios.

As organizações caminham para a utilização de modelos cada vez mais híbridos e complexos, ao invés de uma infraestrutura tradicionalmente mantida dentro de casa. Nesse contexto, o Brasil atualmente corresponde pelo consumo de mais da metade dos serviços de nuvem na América Latina, segundo aponta o Gartner, e a previsão é de crescimento até 2017.

“Há muitas oportunidades a serem exploradas no mercado, não só reduzindo custos e melhorando a eficiência, mas permitindo mais flexibilidade e agilidade na distribuição das aplicações”, observou o analista Henrique Cecci, responsável por pesquisas sobre data center e outras tendências, durante conferência sobre Infraestrutura de TI, Operações e Datacenter 2014, realizada pelo Gartner.

Nesse contexto, a consultoria destaca uma modificação dos data centers para aproveitar melhor os recursos disponíveis, caminhando para uma evolução do que chama de “data center inteligente”: infraestrutura cada vez mais híbrida, de estrutura global (considerando a atual hiperconectividade do mundo), direcionada por indicadores de qualidade como objetivo do tempo de recuperação (RTO).
São data centers menores, mais densos, modulares e virtualizados, porém mais complexos, capazes de center atender necessidades computacionais de forma mais inteligente e cujos serviços serão providos por uma diversidade crescente de fornecedores com custos mais competitivos, enfatiza o VP e chefe de pesquisa para infraestrutura do Garner David Cappuccio. O especialista realça, ainda, até mesmo uma mudança na obsolescência dessas infraestruturas, permitindo desagregar elementos e atualizá-los de maneira modular e gradativa.

Além disso, o Gartner afirma que veremos cada vez mais o impacto da tendência “software-defined X” na área de infraestrutura e operações, liderada principalmente pelos conceitos de redes definidas por software (software defined networks) e armazenamento definido por software (software defined storage). Apesar de ser a expressão do momento e carregar um certo “hype”, como aconteceu anteriormente com nuvem e virtualização, Cappucio diz que tendência vai dominar cada vez mais o cenário de data centers inteligentes. “Estamos começando a explorar as possibilidades, e o mercado irá amadurecer bastante ainda.”

De acordo com ele, o conceito de redes definidas por software (software defined networks, ou SDN) já tem sido trabalhado por alguns fornecedores e está em um estágio à frente do armazenamento definido por software (software defined storage), que deve amadurecer nos próximos dois a três anos.

Desafios para os CIOS

Tudo isso exige novas habilidades e uma mudança de perfil, bem como o entendimento dos benefícios que esses modelos podem trazer para melhorar eficiência, custo e nível de serviço que a TI pode oferecer dentro das empresas. O analista Henrique Cecci afirma que se essa demanda por modelos híbridos não for liderada pelo gestor de TI, este será cada vez mais levado pelas organizações de negócios, que inevitavelmente vão passar a contratar seus próprios serviços na nuvem, por exemplo.

Dessa forma, o CIO passa a ser um gestor de recursos de recursos que não vão estar rodando somente dentro da minha infraestrutura, mas em outros lugares, e eventualmente outros países. “A postura do profissional muda, pois além de ser o responsável por aquele serviço, ele vai precisar fazer a gestão de contratos para gerenciar vários provedores. É um agente da entrega de vários serviços dentro da empresa.” Além de um novo perfil, o CIO é desafiado pela velocidade e continuidade do negócio, uma vez que a TI é responsável por oferecer serviços críticos, que não podem parar. 

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