Maioria das PMEs já adota alguma prática ESG no dia a dia, diz Serasa Experian
Estudo revela que empresas adotam práticas de governança e consumo consciente, além de buscarem menor geração de resíduos
Muitas das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) brasileiras já estão conscientes do seu impacto e responsabilidade com o meio ambiente e sociedade. Uma pesquisa inédita realizada pela Serasa Experian com o objetivo de entender a maturidade em ESG (Ambiental, Social e de Governança) revelou que, mesmo sem saber o que a sigla significa, 89% dessas empresas já adotam algum tipo de prática ESG no dia a dia.
Dos empreendimentos ouvidos, somente 33,3% têm conhecimento sobre a sigla, entretanto, quando se analisa a prática, 66% já atuam no pilar de “Governança”, 52% atuam em “Responsabilidade Social” e 50% têm atividades relacionadas a “Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental”.
A frente de Governança, que prevê boas práticas de gestão e normas éticas, é a primeira em prioridade de investimentos e esforços (43,8%), e 66% das empresas têm investido em criar seus mecanismos de integridade, principalmente consolidados em seus códigos de ética. 45,35% têm canais de denúncias internos e 44,5% têm pessoas ou fornecedor responsável pela investigação das denúncias recebidas.
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Já no pilar Ambiental, as MPMEs afirmam que realizam práticas de consumo consciente de energia (75,2%) e de água (64,2%) e menor geração de resíduos (71%), mas menos da metade mensura as ações com metas e indicadores (41,3%) e somente um terço delas reporta relatórios ao mercado (29%).
Em Social, que envolve iniciativas relacionadas a responsabilidade social, como respeito às leis do trabalho, diversidade e direitos humanos, 40,9% atendem os requisitos da legislação trabalhista. Salários justos (25,4%) e oferta de benefícios básicos (21,8%) aparecem na sequência. No tema diversidade ainda há caminhos para serem trilhados, pois 54% dos respondentes consideram que há poucas ou não veem iniciativas para mudar quanto à representatividade de pessoas LGBTQIAP+ e pretas/negras.
Quando questionados sobre o impacto da adoção das práticas na competitividade da empresa, 89% dos entrevistados concordam com seu papel fundamental, apesar de não possuir um conhecimento tão profundo sobre o assunto.
“A disposição para adotar práticas relacionadas ao ESG, mesmo entre aqueles que ainda estão aprimorando sua compreensão, sugere uma aceitação da importância do tema. Isso destaca a crescente conscientização sobre a necessidade de considerações ambientais, sociais e de governança na estratégia corporativa. A adoção dessas práticas podem impulsionar o empreendedor, permitindo que ele tenha diferencial competitivo, assuma com confiança sua jornada de gestão e acelere seus negócios, já que cada vez mais empresas demandam o cumprimento de padrões mínimos de ESG para fechar parcerias com seus fornecedores”, diz o vice-presidente de PMEs da Serasa Experian, Cleber Genero.
O estudo mostra, ainda, que as regiões com maior compreensão sobre os pilares são o Nordeste (38,8%) e o Sudeste (34,7%). Já em relação ao porte, as médias empresas são aquelas com maior ciência do assunto (56,3%).
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