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PIX toma lugar do débito e é aceito por quase um terço das lojas online

Pouco mais de seis meses após o lançamento – ocorrido em novembro de 2020 – o PIX tem crescido em termos de aceitação entre as modalidades de pagamento aceitas por e-commerces no Brasil. Quase um terço (32,2%) já oferece essa opção aos clientes. É o que revela um levantamento da GMattos divulgado esta semana.

Segundo a consultoria especialista em e-commerce e meios de pagamento, a aceitação do PIX cresceu 6,8 pontos percentuais desde março, saltando de 25,4% para 32,2%. O estudo analisou 59 grandes lojas online no mercado brasileiro, em diversos segmentos, entre 3 e 12 de maio.

Em contrapartida, a aceitação do débito apresentou uma queda em patamar semelhante – menos 6,7 pontos percentuais em maio em relação a março, caindo de 42,3% para 35,6%. Essa diminuição se deveu principalmente ao débito bandeira, uma vez que o débito banco não apresentou variação significativa, diz a empresa.

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Segundo Gastão Mattos, cofundador e gerente-geral da GMattos, a proximidade entre os percentuais de elevação do PIX e de baixa do débito não é coincidência. Segundo o especialista, o PIX vem exercendo efeito predatório sobre o débito, ao contrário do que se imaginava com o surgimento da nova modalidade – que supostamente roubaria espaço do boleto, o que não aconteceu.

Queridos boletos

Segundo a GMattos, uma prova de que o PIX não ameaça o boleto é ambos caminharem bem juntos. Na edição de março do estudo, 80% das lojas que aceitavam PIX também trabalhavam com boleto; em maio essa proporção subiu para 89,5%.

É na comparação com o débito que os lojistas veem vantagens no PIX, por este ser forte em conveniência para o cliente e em sua distribuição no Brasil – mais de 80 milhões de CPFs -, além de ter uma alta taxa de conversão (superior a 90%). Para as lojas, esse ganho na conversão do pagamento faz com que o PIX gere receitas três vezes superiores às propiciadas pelo débito.

Ainda meio complicado

A consultoria, no entanto, alerta que a nova modalidade ainda precisa ser aperfeiçoada em termos de usabilidade. Uma análise do fluxo de pagamentos via PIX de sete lojas mostra que em apenas três ele foi considerado ideal. Falta sincronismo total entre a experiência de autenticação no app do banco e a navegação no site da loja.

Ainda de acordo com o último levantamento da GMattos, o cartão de crédito (98,3%) e o boleto (83%) são as modalidades com maiores níveis de aceitação pelas lojas online, seguidas pelas wallets (52,5%). Estas sofreram pequena oscilação negativa na comparação de maio com março, quando tinham 54,2% de aceitação.

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