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O 2G pode estar com os dias contados, mesmo no mundo da IoT

É fato, a tecnologia 2G está começando a cair em desuso e já começamos a falar em seu desligamento. Hoje, contamos com o 2G, 3G e 4G, tecnologias que conhecemos e utilizamos no dia a dia, porém outras como 5G, Cat-M1, NB-IoT, LoRa e Sigfox são novidades que estão começando a ganhar força no país, permitindo a criação de novos modelos de negócio, trazendo funcionalidades técnicas diferentes do que temos visto até o momento. Você tem acompanhado essas mudanças?

A telefonia celular que era focada em voz, evoluiu rapidamente para um mundo cada vez mais conectado. Há alguns anos já contamos com um número de telefones celulares superior ao de brasileiros. Além deste enorme mercado, o segmento de comunicação entre máquinas (conhecido como M2M) vem ganhando destaque, com crescimento acima de 15% ao ano, ultrapassando a barreira de 19 milhões de dispositivos conectados em 2018.

Este tipo de conexão entre máquinas é focado na transmissão de dados de aparelhos como rastreadores veiculares e máquinas de cartão de crédito, setores de destaque no mercado brasileiro. Diversas operações destes dois mercados ganharam força nos últimos anos, alavancando o desenvolvimento de ecossistemas de segurança e pagamento móvel. O lançamento de novos produtos e serviços é cada vez mais rápido e diversificado,  incrementando as oportunidades de negócio para os empresários.

Mas, o que realmente é importante compreender dentro deste cenário de evolução das tecnologias de telecomunicação atuais?  A resposta é simples: sua empresa necessita identificar qual o melhor caminho nos próximos anos e quais passos precisa trilhar desde já. 

Quando empresas de segurança, por exemplo, compram rastreadores veiculares, nem sempre se atentam à qual tipo de tecnologia está presente em seus dispositivos, e é aí que mora o perigo. Alguns desses dispositivos são conectados à internet utilizando chips de dados, e possuem apenas a tecnologia 2G de comunicação. Atualmente estes dispositivos são mais baratos e atrativos para o negócio, porém é importante relembrar que esta tecnologia será descontinuada, não só no Brasil como em todo o mundo, em um curto espaço de tempo. O impacto dessa falta de planejamento pode custar caro!

Estes dispositivos deixarão de funcionar quando o sinal do 2G for desligado, dando lugar para outra tecnologia melhor e mais recente, como o 5G.  Será necessário trocar o aparelho, seja ele um rastreador veicular, monitor de telemetria, central de alarme ou máquina de cartão de crédito. Esta necessidade de troca de aparelhos impacta diretamente o modelo de negócios dos empresários, pois envolve grandes investimentos, além de uma operação logística para efetuar a troca dos aparelhos.

A mudança é eminente, e precisamos nos planejar. Temos a vantagem de olhar para a evolução da tecnologia através de uma bola de cristal, que são os países pioneiros em telecomunicações. A tendência aqui no Brasil, já é uma realidade lá fora. Que tal utilizar essa informação extremamente valiosa para vantagem competitiva, e se adiantar em relação às necessidades dos clientes para estar pronto para o futuro?

Sua empresa precisa garantir uma boa conversa com dois integrantes do seu ecossistema para garantir o sucesso neste cenário de mudanças. Primeiro passo, converse com seu fornecedor de dispositivos e questione sobre a tecnologia de conectividade que ele usa no seu equipamento. O tipo de modem que ele usa pode ditar se você está ou não preparado para encarar o desligamento do sinal 2G. Além dele, é importantíssimo conversar com seu fornecedor de conexão M2M, que podem ser as operadoras ou mesmo empresas especializadas em conectividade.

Fornecedores de conectividade estruturados poderão lhe apresentar um cronograma mais claro da evolução da tecnologia, e destacar o que precisa ser feito para evitar que precise fazer um recall de aparelhos que estão na rua. Se houver planejamento, não ocorrerá um caos generalizado, com tudo parando de funcionar. Empresários dos mercados como o de rastreamento, segurança eletrônica e pagamentos móveis devem ficar atentos se os dispositivos que estão adquirindo já contam com tecnologia suficiente para suportar conexões 3G e 4G, pois os equipamentos mais baratos costumam utilizar módulos mais simples que não tem esta flexibilidade e podem impactar diretamente no sucesso das empresas nos próximos anos.

(*) Sérgio Souza é managing director da Kore

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