NetApp deve produzir appliances no Brasil

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8:38 am - 17 de abril de 2014

Apesar dos mais de 20 anos de experiência no mercado de TI, Wagner Tadeu, que há poucas semanas assumiu a operação da NetApp no Brasil, mostra uma empolgação mais comum a executivos com menos tempo de mercado ao encarar um novo desafio. Mesmo com a chegada recente, ele já desenhou objetivos claros para a subsidiária, como a produção local dos produtos mais vendidos, e traçou metas ambiciosas para transformar a operação por aqui.

De sua ampla experiência na Symantec, ele aproveitará o trabalho que vinha fazendo na área de backup e appliances, e que já respondia por boa parte do faturamento na antiga casa, para impulsionar a operação da NetApp no Brasil. Mas pensar em sinergias entre presidir a empresa antiga e a atual é apenas um porcentual muito pequeno do que Tadeu desenhou para seu novo desafio. “Minha primeira meta é trazer a fabricação de appliances para o Brasil, para ter competitividade de preço. Temos um produto muito bom, mas as vezes esbarramos em preço. Nessas três semanas de casa já conversei com parceiros e outros envolvidos, nos próximos meses já deveremos começar a produzir algo por aqui.”

O objetivo é que até o final do próximo ano fiscal da companhia, que começa em maio, a NetApp esteja produzindo localmente as soluções mais vendidas no mercado brasileiro. O executivo lembrou ainda que o mercado de storage no Brasil tem crescido a dois dígitos por ano e que a missão dele é elevar o crescimento da companhia para taxas superiores às de mercado, o que o levaria a atingir uma meta maior que é a de dobrar a operação brasileira. “Com a tecnologia que temos, metas e produção local, tenho certeza que conseguiremos dobrar o faturamento em no máximo três anos”, calculou. Tadeu frisou ainda que para crescer usará todo o potencial do portfólio da fabricante, sobretudo, as soluções de nuvem e de memória flash. Um dos cases que servem de bandeira é a nuvem privada da Universidade de São Paulo (USP), baseada em tecnologia NetApp.

ISV’s, telcos, finanças e governo são os focos de atuação da NetApp nessa busca por um crescimento mais acelerado. Questionando se a relação com governo para este ano não seria complicada por conta das eleições, o presidente da fabricante se mostrou confiante. “O que tem de bom no nosso mercado é que se o disco enche, precisa comprar um novo. A informação sempre cresce e precisa haver disponibilidade, então continuaremos com esse tipo de venda ao governo”, pontuou, mas reconhecendo que projetos mais amplos e estratégicos podem realmente ser postergados.

Outro ponto da estratégia é a ampliação da rede de parceiros, algo essencial para uma empresa que não faz venda direta no Brasil. Tadeu comentou que para as grandes contas ele tem uma equipe que faz contatos e visitas aos clientes, mas que a venda é finalizada por um canal. Além disso, toda a abordagem com o mercado de PME é feita via canal. O objetivo, no caso, é crescer em capilaridade. Se em Brasília, Rio e São Paulo a companhia conta com uma rede de parceiros mais consolidada, a meta agora é buscar e especializar novos canais no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, duas praças que estão com mais maturidade e pedem uma atuação mais ampla. 
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