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Mulheres desenvolvedoras estão estagnadas em cargos júnior, diz estudo

Ainda que o mercado de tecnologia tenha ganhado diversas iniciativas recentes para incentivar a inclusão de mulheres, o caminho parece longo. O estudo Women in Tech 2018, divulgado nesta quinta-feira (1/3) pela HackerRank – e publicado pelo portal The Next Web -, mostra que grande parte das mulheres desenvolvedoras de software estão estagnadas em cargos júnior, o que limita o desenvolvimento de suas carreiras.

O estudo engloba a opinião de 14,6 mil desenvolvedores profissionais, colhidas por meio de formulário on-line, sendo 1,9 mil mulheres e 12,6 mil homens.

As mulheres, independentemente da idade, são mais propensas a ocupar cargos de iniciantes. As profissionais com mais de 35 anos, por exemplo, ocupam 3,5 vezes mais posições júnior do que homens da mesma idade. Outro número que choca: 20,4% delas continuam ocupando funções júnior, em comparação com apenas 5,9% dos homens na mesma faixa etária.

As mulheres desenvolvedoras entre 25 e 34, por sua vez, têm 1,78 vezes mais chances de ocupar posições júnior. Quase metade (46,1%) delas está presa no nível iniciante, em comparação com 25,9% dos homens.

A desigualdade entre os mais jovens é a menor de todas – um alento para o futuro da profissão. Enquanto 84,5% das mulheres entre 18 e 24 anos ocupam cargos júnior, para os homens o número é de 77,3%.

Tendências positivas para as mulheres

Apesar do cenário desanimador, o relatório traz boas perspectivas para o público feminino e, claro, para uma profissão com cada vez mais igualdade de gênero.

Mais de 60% das entrevistadas afirmam ter competências em Java e JavaScript, e mais de 40% disseram que conhecem C ++ e Python. As linguagens de programação estão entre as mais procuradas pelos empregadores, de acordo com o relatório de habilidades do mesmo estudo.

Outro dado interessante é que as mulheres estão trabalhando em setores que pagam bem. Mais de 10% delas estão no mercado de serviços financeiros e 3,6% trabalham na indústria automotiva.

O relatório destaca outra tendência encorajadora e mostra que o abismo entre homens e mulheres que aprendem a programar com menos de 16 anos está se estreitando. Entre as mulheres, 13,9% das programadoras com idades entre 18 e 24 começaram a codificar quando ainda estavam na escola, em comparação com 20,9% dos homens na mesma faixa etária.

O estudo completo está disponível na página do HackerRank 

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