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Apenas 44% das organizações esperam cumprir metas de descarbonização até 2030

Um novo estudo realizado pela Siemens Smart Infrastructure revelou que menos da metade das empresas espera cumprir suas metas de descarbonização até 2030. Para o relatório global, a Siemens ouviu 1,4 mil executivos seniores de 22 países e uma série de entrevistas detalhadas com líderes e especialistas sobre o tema.

O estudo concluiu que há uma longa jornada a ser percorrida para atingir as metas de emissão líquida zero, tendo em vista que um quarto dos participantes – executivos seniores de sete grandes grupos industriais – disseram que o progresso está “muito lento”, enquanto 29% acreditam que o progresso está “coordenado” e 31% descrevem o progresso como “dentro da meta”.

Ao mesmo tempo, as empresas estão sob pressão para descarbonizar seus modelos de negócio, ativos e infraestruturas. Segundo o estudo, quase metade tem metas para emissões de Escopo 1 e 2, porém, apenas 40% acham provável que cumprirão as suas metas no próximo ano e apenas 44% esperam cumprir suas metas em 2030.

Matthias Rebellius, membro da diretoria executiva da Siemens AG e CEO da Smart Infrastructure, destaca que a evolução das infraestruturas mundiais é da maior importância para permitir o progresso em termos de descarbonização, da eficiência dos recursos e do bem-estar social. Para o executivo, a tecnologia e a digitalização são fundamentais para se alcançar esta transição de forma inteligente e sustentável.

Automação inteligente

O relatório reforça o papel da tecnologia e a digitalização na transição para uma infraestrutura bem-sucedida, com a expectativa que elas tenham maior impacto na descarbonização, na eficiência dos recursos e no bem-estar das pessoas nos próximos três anos.

Leia também: Dia do Meio Ambiente: empresas de tecnologia assumem missão de reduzir impactos

Na análise dos especialistas ouvidos pelo estudo, as principais tecnologias que poderiam ter o maior impacto positivo incluem previsões e automação baseadas em IA, realidade virtual e aumentada e redes móveis 5G. De acordo com quase metade dos entrevistados, a digitalização tem um potencial significativo ou enorme para apoiar o progresso na eficiência energética (48%), na produtividade (46%) e na descarbonização (45%) nas suas organizações.

Progresso deve ser mais rápido

O estudo concluiu que apesar da aceleração da transição das infraestruturas, é necessário um progresso mais rápido em nível regional (países) para apoiar um mundo com baixas emissões de carbono. A energia é uma prioridade importante, pois quase três quartos das emissões globais de gases do efeito estufa provêm da produção, utilização e transporte da energia.

Na luta contra as mudanças climáticas as cidades também desempenham um papel importante, ressaltou o estudo. Na pesquisa, metade dos entrevistados (51%) acredita que estar à frente na descarbonização é uma vantagem competitiva para uma cidade. A descarbonização da área de mobilidade, incluindo redes de transportes públicos e veículos comerciais e privados, é uma prioridade para reduzir as emissões de carbono.

Em termos de políticas de mobilidade viáveis, 46% dos executivos acreditam que subsídios ou impostos deveriam ser usados para tornar os carros elétricos mais baratos do que os veículos com motor a combustão. Atualmente, a falta de infraestrutura para recarga de baterias foi considerada a maior barreira à adoção generalizada de veículos elétricos.

Outra área importante a ser considerada pelas empresas são seus edifícios. Apenas 37% dos entrevistados classificaram sua organização como desenvolvida ou avançada em termos de melhoria na eficiência energética de instalações e edifícios, e apenas 30% disseram o mesmo para a eletrificação e/ou descarbonização de sistemas de aquecimento e resfriamento. “Há, no entanto, esperança de que as empresas possam aproveitar soluções inovadoras para melhorar o desempenho e a sustentabilidade dos seus edifícios sem a necessidade de novas construções amplas, entretanto o progresso precisa de ser mais rápido”, destacou a Siemens em seu relatório.

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