Mercado de TIC na América Latina terá investimentos de US$ 274 bilhões em 2017, prevê IDC

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12:30 pm - 16 de dezembro de 2016
Mercado de TIC na América Latina terá investimentos de US$ 274 bilhões em 2017

A transformação digital vai nortear todos os negócios envolvendo tecnologia pelo menos até 2020 na América Latina. Em apresentação realizada na última quinta-feira (14/12), Jay Gumbiner, vice-presidente de pesquisas da IDC, mostrou as previsões para os próximos quatro anos na indústria de TIC na região.

Os gastos totais com TIC em 2017 serão de US$ 274,2 bilhões, valor 3,9% maior do que o total registrado em 2016. Grande parte dos investimentos será em produtos digitais, já que, segundo Gumbiner, as empresas da região ainda estão no início do processo de transformação digital.

A consultoria destacou que, até 2020, 40% das 3 mil principais empresas da América Latina terão a maioria de seus negócios dependendo da capacidade de criar produtos, serviços e experiências digitais.

Já a terceira plataforma de tecnologias e serviços (que inclui mobilidade, big data, nuvem e social) representará 40% dos gastos com TI – crescimento cinco vezes maior do que o mercado como um todo.

Outro fator que deve ganhar destaque nos próximos anos é a área de inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) e cognitiva. Para a IDC, até 2020, 10% das iniciativas de transformação digital e 60% das iniciativas de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) serão suportadas por essas tecnologias.

Confira as previsões da IDC para o futuro da TI:

Chegada da economia da transformação digital
A transformação digital usará os elementos da terceira plataforma para criar valor e vantagens competitivas por meio de novas ofertas, novos modelos de negócios e novos relacionamentos. Em 2020, os gastos com iniciativas de transformação digital vão atingir a marca da US$ 22 bilhões, mais do que o dobro do valor em 2016. “As empresas da América Latina ainda estão iniciando a jornada de transformação digital: 82% delas estão em fase de exploração”, aponta Gumbnier.

Domínio da terceira plataforma
Os quatro pilares da terceira plataforma suportarão demandas de diferentes áreas. A mobilidade será impulsionada por IoT e 5G, a nuvem terá uma nova fase chamada nuvem 2.0. Já o big data irá basear as experiências com inteligência artificial, enquanto as plataformas sociais terão experiências imersivas com realidade virtual e aumentada.

Nuvem 2.0
A nuvem será distribuída, inteligente, focada na indústria e confiável. Até 2020, 55% das infraestruturas e softwares serão baseadas em ofertas de nuvem. “Cloud não será mais um recurso de tecnologia, mas, sim core business das empresas”, comenta.

Inteligência artificial em todos os lugares
A tendência é a consolidação desse tipo de tecnologia para otimização de diversos serviços. Até 2025, 75% das equipes de desenvolvedores vão incluir inteligência artificial/cognitiva em uma ou mais aplicações/serviços. Entre 2017 e 2020, nove entre os dez principais cases deste mercado serão terão como foco o setor de indústria.

Interfaces imersivas
Em 2017, a IDC prevê que uma a cada dez empresas com foco em consumidor final na América Latina terá experiências com realidade virtual e aumentada como parte da sua estratégia de marketing.

Até 2020, mais de 20% dos vídeos comerciais no Facebook serão em 360º/VR, à medida que social vira imersivo. “Foi um começo lento (com experiências imersivas), mas o uso vai se intensificar nos próximos anos”, acredita.

Nuvem colaborativa
As plataformas de nuvem com participação de diversas companhias terão avanço. Até 2019, a industria colaborativa de nuvem vai dobrar e, até 2020, quase 60% das empresas terão participação ativa em compliance de nuvem. “Isso abrirá espaço para a entrada de mais pequenas e médias empresas nesse ecossistema de nuvem, por exemplo.”

Times de desenvolvedores dedicados
As equipes dedicadas para iniciativas inovadoras vão avançar. Até o final de 2019, mais de 60% das 3 mil principais empresas da América Latina terão times dedicados para transformação digital e inovação.

Canais
Parceiros serão cada vez mais importantes para a jornada de transformação digital. Até 2020, mais da metade dos provedores de serviços em nuvem terá negócios mediados por parceiros de canal.

Referências
Até 2020, todas as performances das equipes serão medidas por um novo conjunto de referências, ditadas pela transformação digital. Liderança, experiência multicanal, informações, modo de operação e força de trabalho serão os principais recursos – todos baseados em estratégias digitais.

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