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Menos evangelização e mais capacitação marcam nova etapa da AWS no Brasil

A etapa de evangelização da computação de nuvem no Brasil ficou para trás. Essa é a avaliação de Cleber Morais, diretor geral da AWS no País. O executivo participou, nesta quinta-feira (10), de um encontro com a imprensa para celebrar os dez anos de operação da gigante de nuvem no mercado nacional.

“Agora o momento é diferente. Agora o momento é de clientes abraçando a jornada. Agora o momento é de seguir nessa jornada de maneira mais forte entendendo que tem um mundo novo vindo por aí”, anotou Morais.

Na avaliação do executivo, o novo momento de nuvem no país é resultado, em parte, da rápida digitalização experimentada por empresas durante a pandemia. “A nuvem passou a ser o grande habilitador”, pontuou.

Hoje, analisou Morais, o mercado brasileiro já entende os principais desafios e complexidades da nuvem, e também está ciente dos benefícios que essas estruturas e serviços podem oferecer. “Há quatro anos, quando chegava para falar de nuvem, o cliente estava mais distante. Hoje não, isso é pauta de conselho e pauta mercado”, complementou.

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Essa nova etapa, é claro, é um reflexo do crescimento dos mercados nacional e regional de nuvem. Em 2015, primeiro ano em que a consultoria de dados GlobalData mediu o tamanho do mercado latino-americano de nuvem, o setor movimentou cerca de US$ 1,4 bilhão. No ano passado, esse mesmo mercado registrou US$ 5,8 bilhões de tamanho.

Nesse cenário, defendeu Morais, a evangelização da nuvem dá lugar à “capacitação”. Como explica o executivo, a AWS tem se empenhado para trazer aos clientes e ao mercado ferramentas para ir além com seus projetos e soluções de nuvem, expandindo a usabilidade.

Parte desse empenho vem através de treinamento. Desde 2017, a AWS já realizou mais de 200 mil treinamentos gratuitos de capacitação em nuvem no Brasil. A meta global da companhia é atingir 29 milhões de pessoas até 2025.

Além da capacitação direta de mão de obra, parcerias com clientes para o desenvolvimento de soluções customizadas também estão no radar da AWS. Nestes projetos, a AWS entra com sua expertise em produtos de nuvem e investiga, junto ao cliente, demandas específicas do negócio. O resultado são produtos customizados usando AWS, mas que ficam nas mãos do cliente uma vez que são concluídos. Hoje a AWS já entrega uma média de quatro novos produtos por dia nessa modalidade de codesenvolvimento.

Também para estimular projetos de nuvem, a AWS tem promovido uma estratégia de redução proativa de custos através dos chamados “squads de otimização”. Ao IT Forum, Morais afirmou que as despesas com nuvem passaram a ser uma preocupação mais frequente de clientes ao longo dos últimos anos, mas que a redução de custos sempre foi parte integral da estratégia da companhia.

“O segredo de uma boa utilização de nuvem é você usar da melhor maneira a tecnologia e otimizar”, indicou. “Teve [uma preocupação maior com os custos] e nós ajudamos os clientes. Mas essa é a realidade de sempre.”

De olho nas tendências

Para os próximos anos, a AWS vislumbra oportunidades para expansão de negócios junto aos clientes nacionais através de uma série de novas tendências do setor de TI. O 5G, aliado a arquiteturas de computação de borda para promoção de baixa latência e processamento local de dados, é uma destas oportunidades.

“Quando você começa a ter mais dados na ponta, a computação de borda passa a ser uma necessidade”, disse Morais. “O que a gente enxerga é que, nesse momento, com a nuvem, você não tem a necessidade de um investimento inicial muito forte e pode viabilizar novos negócios”, completou.

Dados da GlobalData, revelados durante o evento desta quinta, dão conta de que o Brasil deve atingir 43,4 bilhões de conexões 5G até 2026. A expectativa da consultoria é de um crescimento médio anual de 153% nos próximos cinco anos.

A AWS já explora projetos no país. Em maio do ano passado, a companhia anunciou uma parceria com a Telefônica para validação da solução AWS Outposts, com a qual a Vivo Brasil poderá implantar a tecnologia 5G Core necessária para oferecer serviços 5G standalone em suas operações.

Segundo Cleber Morais, a AWS continuará trabalhando em parcerias com operadoras de telecomunicações para projetos 5G. O executivo, no entanto, descarta a possibilidade da AWS operar por contra própria nas frequências da tecnologia de conectividade móvel de nova geração. “O nosso modelo de ir ao mercado é através de parcerias”, reforçou.

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