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Liderança é empecilho para inovação em empresas, dizem RHs

A pandemia deixou algumas lições importantes para a gestão de pessoas nas empresas e também alertas para líderes e para aqueles que atuam no RH. Segundo o quarto “Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas em 2022”, elaborado pelo Great Place To Work, na visão da maioria dos entrevistados (37,1%) o principal empecilho para a inovação nas empresas é a “mentalidade da liderança”. No ano passado essa porcentagem se mostrou um pouco menor, ficando em 32%.

Os resultados sugerem que ainda há uma discrepância entre a liderança necessária e a liderança existente. O estudo ouviu mais de 2600 respondentes, dentre os quais líderes e gestores de RH de todo o Brasil.

Se a transformação digital era uma das principais preocupações das empresas, ocupando de 1º a 4º lugar nos estudos anteriores, agora ela passou para a 9ª posição, com somente 16,5% das respostas. A prioridade passa a ser o desenvolvimento/capacitação de lideranças com preparo técnico e emocional. 42,6% dos entrevistados acreditam que a capacitação das lideranças deve ser o principal foco para garantir a construção de ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e para o alcance de resultados estratégicos.

A saúde mental também foi apontadas por 97,2% das pessoas como ponto relevante para a Gestão de Pessoas nas empresas. Entretanto, apesar de o tema ter avançado durante a pandemia, 64% das pessoas afirmam que as empresas onde trabalham não oferecem benefícios de saúde mental para colaboradores, conforme revelou outro estudo da GPTW realizado em 2021.

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A falta de profissionais qualificados também foi apontada como preocupação. Se por um lado 59,5% dos respondentes afirmam que em 2022 as empresas pretendem aumentar o número de pessoas, 68,3% informam que as organizações sentem dificuldade para preencher as vagas abertas e 84,7% apontam a falta de profissionais com qualificação para preencher as vagas em aberto.

Na visão dos respondentes há falta de comprometimento dos candidatos nos processos seletivos, demora no processo de recrutamento e seleção, indecisão ou definição por parte da gestão e dificuldade para definir o perfil ideal do/a candidato/a.

A pesquisa também identificou discrepância considerável no tema diversidade e inclusão. Embora a maioria afirme que esta é uma pauta estratégica na sua organização, somente 12,2% responde que a empresa em que atuam tem maturidade no tema e contribui, de fato, para uma equidade de gênero, racial, geracional, do público LGBTQI+Q e outras minorias.

Ponto sensível na negociação das organizações e funcionários, o trabalho híbrido parece ficar ainda em uma zona cinzenta neste ano. A definição da forma de trabalhar não será a prioridade número 1 das empresas em 2022. Muitas ainda não definiram uma nova política de trabalho, entretanto, entre as 1.104 que já decidiram, 66,2% adotaram o modelo híbrido.

“Podemos dizer que o ano passado foi de reestruturação para a maioria das empresas, que precisaram entender como poderiam se adaptar aos novos cenários e adequar seus processos para cuidar do mais importante: as pessoas”, comenta Ruy Shiozawa, CEO do GPTW. “O desafio agora é manter todos os colaboradores focados na missão e nos valores de cada empresa em ambientes diversos, com múltiplos pontos de contato e, muitas vezes, tendo que recorrer à comunicação assíncrona. O mundo corporativo está se empenhando em responder essas questões, após experimentações desafiadoras, mas transformadoras e essenciais para o futuro do trabalho”, conclui.

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