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Líder conector: você já refletiu sobre essa capacidade?

Quantas vezes você precisou de um conselho profissional – seja para troca de emprego, decidir sobre um investimento arriscado ou mesmo para navegar sobre um complexo projeto de TI – e, por algum motivo, não considerou acionar suas conexões para auxiliá-lo em tal tarefa? Ao longo das últimas décadas, o exercício da liderança acompanhou o mundo em suas transformações diversas e mudou, passou do chefe autoritário para a gerência participativa, depois vieram os líderes transacional e transformacional. Atualmente, dentro daquilo que se classifica como liderança colaborativa, uma das capacidades mais requisitas é a da conexão.

A exacerbação dos relacionamentos profissionais e pessoais propiciada pelas redes sociais é apenas um dos pilares que precisam ser trabalhados. Como colocou Tania Casado, professora da FIA e da USP, a rede de conexões de cada indivíduo é composta por diversas arenas (família, trabalho, escola, amigos e comunidade) e é preciso refletir sobre cada uma delas, entendendo a importância de cada indivíduo, em que momento foi importante em sua vida e vice-versa, além de deixar evidente em qual esfera ele é mais ou menos influente, ou seja, onde poderia ser mais útil em caso de necessidade. 

Durante sua apresentação no IT Forum+ 2016, na Praia do Forte (BA), a especialista convidou CIOs e executivos da indústria de TI a refletirem sobre suas redes e como utilizavam esses contatos em prol de benefícios profissionais. Os executivos foram chamados a colocar em uma lista de onde vinham seus contatos e para quais finalidades eles eram utilizados. Chamou a atenção, por exemplo, o fato de que pouquíssimos executivos se manifestaram quando Tania pediu que levantassem as mãos quem tinha citado nomes do grupo amigos, diferente do que aconteceu quando ela pediu o mesmo movimento para família e trabalho.

Na visão da especialista é um erro não tratar essa rede da forma correta. O fato de ser um amigo próximo não significa que não possa ser acionado em caso de dificuldade, por exemplo. “Existe um aspecto cultural do brasileiro nisso, que precisa ser mudado”, aconselhou. 

A liderança colaborativa, concebida a partir de 2008, nada mais é, assim como suas antecessoras, do que reflexo de ações em subsistemas da sociedade como político, social, econômico e pessoas. Nos últimos anos, lembrou Tania, o mundo vivenciou o 11 de setembro, crises como a dos Estados Unidos e a da Zona do Euro, além da Primavera Árabe, entre outros fatos, como a consolidação do uso das redes sociais e outras tecnologias digitais que influenciam a forma de se relacionar. 

Vivemos num mundo de poucas fronteiras, onde profissionais de diferentes países competem por uma mesma posição sem sair de suas casas. Executivos de multinacionais fazem parte redes de trabalhos colaborativos que integram culturas extremamente diferentes, isso sem falar na diferença de fuso horário. Assim, não resta outro conselho a não ser: “Estude suas redes sociais”.

Quando pensar em sua rede, é interessante ter em mente três pilares: conhecer por que, como e quem, tendo em mente se vive em um mundo em que especialistas globais chamam de mundo VUCA: acrônimo para volatitlity (volatilidade), uncertainty (incertezas), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade). Para Tania, é preciso usar a exaustão todas as possibilidades que possam gerar negócios ou oportunidades futuras, sejam elas contatos de universidades, amigos pessoais, rede familiar e do bairro, além de fóruns como os produzidos pela IT Mídia, que propiciam não apenas a troca de conhecimento, mas aprofundamento das relações profissionais entre CIOs e fabricantes e, sobretudo, entre concorrentes. 

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