O Symposium/ITxpo, conferência promovida pelo Gartner nessa semana, teve uma das suas mensagens muito clara: a transformação digital não depende de recursos digitais, mas sim analógicos, ou seja, pessoas. “É uma transformação da organização como um todo e ela começa com a mudança na cabeça das pessoas. Esse é o ponto principal”, define Cassio Dreyfuss, VP do Gartner.
Se a transformação vai além das tecnologias e envolve os profissionais, outro setor surge como chave para o processo: Recursos Humanos (RH).
É também a mensagem que a Korn Ferry, consultoria global especializada em seleção de talentos, quer passar para seus clientes. Para isso, a empresa reuniu cerca de 30 líderes de recursos humanos em sua sede em São Paulo para um debate sobre transformação digital. Os participantes vêm dos mais diversos setores e portes, entre eles, Sanofi, Accenture, InstaCarro, Sul América e Samsung.
Antonio Mendonça, líder da prática digital na Korn Ferry, comenta que, como qualquer outra área, o RH está passando por uma grande disrupção por conta da chegada de novas tecnologias. “O RH tem a função importante de ajudar e apoiar a mudança cultural que está acontecendo nas empresas. As companhias precisam pensar em transformação e canais digitais, mas a cultura precisa acompanhar essa revolução”, comenta.
Comandado por Jairo Okret, sócio e líder da pratica de tecnologia para America Latina da Korn Ferry, o debate contou com participação de Werner Penk, presidente global da prática tecnologia, e Dominique Virchaux, presidente da região América do Sul.
Penk citou o novo cenário do mercado, em que novas empresas como Google, Apple, Facebook e Amazon surgem como potencias emergentes, enquanto tradicionais companhias lutam pela própria vida e buscam se reinventar. “A tecnologia cada vez mais será um facilitador para coisas acontecerem, mas ela não faz nada sem pessoas”, lembra.
Mas os desafios não vêm apenas de softwares e sistemas tecnológicos avançados e, muitas vezes, complexos. Eles vêm dos próprios seres humanos e das dificuldades de lidar com novas gerações.
É outro tópico destacado pelos executivos: como se adaptar aos chamados “born digital”, camada mais jovem da população que já nasceu no mundo digital e têm uma visão diferente sobre o mundo dos negócios.
Virchaux comenta que as empresas já sabem do que os millenniums gostam e o que fazem, mas vê uma diferença especificamente para o Brasil. Para ele, essa geração no País tem foco grande em mudar o mundo, enquanto em outros países, como nos EUA, busca estilo de vida.
Por isso, o especialista vê grandes oportunidades para empresas brasileiras. “Esse elemento de querer mudar a sociedade é um diferencial”, pontua.
Para Penk, outro ponto essencial para lidar com os profissionais mais jovens é ter certeza de que estão na posição correta dentro da companhia.
Os avanços tecnológicos têm permitido o aumento da competitividade. Quem imaginaria uma startup com 10 funcionários batendo de frente com negócios de companhias consolidadas?
Esse é outro ponto que as organizações devem se adaptar e, para Penk, é preciso estar sempre on-line, 24 horas por dia – fato que mostra a adaptação a essa geração. “Estamos em meio a uma jornada.”
Para Virchaux, a mudança deve ser rápida. “Não temos muito tempo”, comenta. Um exemplo citado pelo executivo é a Amazon, que fechou a aquisição da Whole Food em cerca de cinco semanas – foi o tempo entre a primeira conversa entre os CEOs e a conclusão dos negócio. “Velocidade é essencial.”
Que tal fazer um diário do futuro para que possamos revisitá-lo? Essa foi a proposta…
Num cenário empresarial cada vez mais competitivo e tecnologicamente avançado, a adoção de uma abordagem…
A comprovação do retorno sobre o investimento (ROI) de ações ESG é um dos principais…
Em resposta imediata a uma catástrofe natural, a Procergs, responsável pela gestão da tecnologia da…
Os resultados da pesquisa "Antes da TI, a Estratégia 2024", apresentados durante o IT Forum…
Mais da metade (69%) das empresas brasileiras dizem já ter alguma iniciativa em IA tradicional…