O jeito de realizar o golpe do WhatsApp mudou entre os criminosos brasileiros, alerta a Kaspersky. Agora, a moda é a criação de perfis falsos. Usando dados pessoais vazados, os grupos de criminosos só precisam da foto do perfil de um usuário do aplicativo para iniciar a extorsão das vítimas.
A grande diferença desta nova modalidade de golpe é que quem tem o perfil “clonado” ou “falsificado” não fica sabendo que os criminosos estão usando sua identidade para aplicar a extorsão. Isso ocorre porque os bandidos já tiveram acesso a dados pessoais das vítimas. Esta é a principal mudança no esquema do golpe.
Para manter a operação, os criminosos compravam banco de dados com muitas informações pessoais, como endereços, telefone, local onde trabalha, preferência de lazer e afiliação e indicações de pessoas próximas. Os criminosos que comercializam essas informações foram nomeados como Data Brokers, termo que acabou nomeando a operação da Polícia Civil de Goiás realizada em 9 de setembro.
Os Data Brokers não operam o golpe, mas são parte crítica da operação. Eles são responsáveis por obter os dados pessoais para os bancos de dados e organizam os ataques contra empresas que detém registros de internautas. Depois de comprarem as informações pessoais dos Data Brokers, os criminosos ainda procuram nas redes sociais pelos nomes e fotos das pessoas para serem usadas nas contas que aplicarão a extorsão.
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Analistas da Kaspersky explicam que, para iniciar o golpe, a primeira mensagem que os criminosos enviam a familiares e amigos é “troquei meu celular”. Após uma rápida troca de mensagem para ludibriar a vítima, o criminoso fará a famosa solicitação de empréstimo de dinheiro para pagar uma conta ou realizar uma compra e o novo celular é a desculpa perfeita para a falha na transferência. De acordo com os dados divulgados no dia em que a operação Data Broker foi deflagrada, os prejuízos com as extorsões somavam R$ 500 mil.
Veja algumas dicas da Kaspersky para se proteger:
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