O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu nesta terça-feira (20) um processo contra o Google por práticas antitruste, argumentando que a companhia age de forma anticompetitiva em suas ofertas de busca e anúncios na busca.
Para fundamentar seu caso, o governo apresentou algumas posturas tomadas pela empresa para garantir que seus produtos tivessem precedência ante concorrentes, como o pagamento de um valor anual para a Apple (dona do navegador Safari), para que ela mantenha o Google como mecanismo de busca padrão, e os acordos feitos com fabricantes de smartphones que utilizam o sistema operacional Android, para que os dispositivos saíssem de fábrica com os aplicativos da empresa pré-instalados.
Além disso, o processo também abordou o fato de que a ferramenta de busca da empresa representa cerca de 80% das consultas de pesquisa (isso, nos EUA), o que dá pouca margem para que outras empresas possam oferecer preços competivivos ou mesmo ganhar mercado.
Em declaração ao Wall Street Journal, um porta-voz do Google afirmou que o processo é “é profundamente falho ”. De acordo com o porta-voz, que não foi identificado, “As pessoas usam o Google porque querem – não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas”, informando também que a empresa apresentará uma declaração mais detalhada na quarta-feira (21).
O caso marca uma nova fase da forma como os governos lidam com empresas de tecnologia, já que desde o julgamento da Microsoft, em 1998, um caso de antitruste envolvendo uma marca de tecnologia não era aberto dentro doe EUA.
Enquanto uma vitória fortaleceria a posição do Google (e poderia ser utilizada por outras empresas), a perda do processo, que pode durar anos, tem potencial para estabelecer mudanças significativas para a empresa, como a venda de parte dos seus negócios ou mesmo proibições.
O caso está sendo analisado pro procuradores-gerais de diversos estados do país, isso sem falar nos processos que estão sendo executados contra a gigante de buscas em estados específicos dos EUA.
No início de outubro, o Congresso dos Estados Unidos divulgou um relatório de 449 páginas apontando práticas anticompetitivas do Google, em conjunto com condutas de companhias como Amazon, Apple e Facebook. Ao que tudo indica, o controle sobre o alcance e impacto desses negócios deve aumentar.
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