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Jack Dorsey e Jay Z investem em fundo para financiar o desenvolvimento do bitcoin

Jack Dorsey, CEO do Twitter e Square, anunciou, na última sexta-feira (12), a criação de um fundo patrimonial para financiar o desenvolvimento do bitcoin junto com o rapper Jay Z, que começará, inicialmente, na África e na Índia. Enquanto a Índia tem resistido à criptomoeda, a África, sobretudo a Nigéria, tem experimentado um aumento nas transações de criptomoedas nos últimos anos.

Dorsey e Jay Z estão colocando 500 bitcoins, que atualmente valem US$ 23,6 milhões, na dotação chamada ₿trust, segundo publicação do TechCrunch. O fundo será estabelecido como um fideicomisso cego e irrevogável, disse Dorsey.

A Btrust pretende contratar três membros para o conselho e Dorsey garante que a dupla não dará nenhuma direção ao time. A missão do fundo é “fazer do bitcoin a moeda da internet”, descreve um formulário de emprego.

Segundo a publicação, o governo da Índia tem resistido ao bitcoin. Nova Delhi, inclusive, se aproxima da introdução de uma lei que proibiria criptomoedas privadas no país, enquanto procura criar sua própria moeda digital.

“Embora a Índia seja a capital mundial de desenvolvimento de software, não contribuímos para o desenvolvimento do núcleo do bitcoin de nenhuma forma significativa”, explicou para para o TechCrunch, Varun Deshpande, Cofundador da OnJuno, que está construindo uma plataforma bancária digital da Índia para os asiáticos-americanos.

“A Índia sempre teve as habilidades para contribuir, mas faltou os incentivos certos. A iniciativa de hoje é ainda mais significativa, pois fornece os incentivos certos para os desenvolvedores da maior democracia do mundo contribuírem e terem uma palavra a dizer no desenvolvimento do protocolo do bitcoin e trazer uma diversidade de pensamentos para moldar o futuro do dinheiro. A ironia é que enquanto a Índia prepara um projeto de lei para banir o bitcoin na Índia, o mundo está se voltando para nosso enorme talento técnico na Índia para proteger e salvaguardar a rede de bitcoin”, disse Deshpande.

Por outro lado, a África se apresenta mais aberta às operações, sobretudo a Nigéria, que só perde para os EUA em termos de volume de bitcoin negociado nos últimos cinco anos.

Ano ano passado, os nigerianos comercializaram mais de US$ 400 milhões em criptomoedas nas principais bolsas locais de criptografia.

Os africanos que negociam criptomoedas contam com eles porque oferecem proteção contra a desvalorização da moeda e para a troca de valores durante as transações internacionais, segundo a publicação. No ano passado, o comércio de bitcoin ganhou impulso na Nigéria durante os protestos #EndSARS, movimento social descentralizado contra a violência policial no país. Quando as doações para os protestos começaram a fluir, o governo nigeriano fechou as contas bancárias usadas para esse esforço, fazendo da criptomoeda a grande salvação para o movimento.

Sob a dúvida crescente de que o governo nigeriano possa regulamentar a criptomoeda no país, recentemente, o banco de ponta do país deu uma diretriz aos bancos e instituições financeiras de negociar em criptomoeda ou facilitar os pagamentos para plataformas de câmbio de criptomoeda, de acordo com o TechCrunch.

O potencial do bitcoin

A Square já oferece suporte ao bitcoin e no ano passado adquiriu cerca de US$ 50 milhões em bitcoin para seu tesouro corporativo, e o Twitter está estudando o uso potencial do bitcoin para pagar seus funcionários e fornecedores, diz o site.

“Fizemos muitas reflexões iniciais para considerar como poderíamos pagar aos funcionários caso eles pedissem para ser pagos em bitcoin, como poderíamos pagar a um fornecedor se eles pedem para serem [pagos] em bitcoin e se precisamos ter bitcoin em nosso balanço patrimonial caso isso aconteça. É algo que continuamos a estudar e olhar, queremos ser cuidadosos com o tempo, mas ainda não fizemos nenhuma mudança”, disse Ned Segal, Diretor Financeiro do Twitter, em uma entrevista à CNBC no início da semana passada.

A publicação conta que muitos executivos de alto nível pediram às nações de alto nível na indústria a adotar bitcoin. “A Índia tem o talento para fazer isso. Tal movimento chegaria às manchetes internacionais, atrairia apoio global de tecnólogos e financistas do mundo, diferenciaria a Índia das políticas econômicas de soma zero cada vez mais promovidas pelos Estados Unidos e China e colocaria o país na vanguarda de uma indústria de trilhões de dólares”, escreveu Balaji Srinivasan, um investidor anjo e empresário que já atuou como Diretor de Tecnologia da Coinbase.

Enquanto isso, o Banco Central do Quênia disse na última semana que usará bitcoin como moeda de reserva em meio à volatilidade do xelim queniano em relação ao dólar. No ano passado, o país ficou atrás apenas da Nigéria no comércio de bitcoins na África.

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